Sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2009

E em 2009 (II Parte)

ALICE IN WONDERLAND

 
Não se sabe ainda se o hiper-activo Tim Burton decidirá lançar Alice in Wonderland ainda em 2009 ou se esperará a 2010. Seja qual for a sua escolha, o projecto será sempre um dos mais polémicos e interessantes do ano.
 
Burton recupera aqui a fabulo de Lewis Carroll sobre uma jovem que atravessa um espelho mágico para cair num mundo fantástica onde tudo parece ser ao contrário. O projecto tem sido guardado no segredo dos deuses, mas as filmagens estão prestes a terminar, pelo que a estreia em Dezembro é altamente provável.
 
Como protagonista estará a praticamente desconhecida (vimo-la em Defiance) Mia Wasikoswka como Alice, e ainda Johnny Depp, Michael Sheen e Anne Hathaway como secundários de luxo.
 
THE MESSANGER
 
Foi um dos destaques de Sundance e venceu o prémio a Melhor Argumento (para alguns soube a pouco) em Berlim. E é automaticamente um dos projectos mais esperados para 2009. Trata-se de The Messanger, um filme sobre um soldado veterano da guerra do Iraque, que depois de ser desmobilizado, é encarregado pelo exército de visitar os familiares de todos os soldados mortos para comunicar-lhe o seu falecimento.
 
Um drama que o leva a olhar com outros olhos para os conceitos de pátria e guerra e acaba por servir como catarsis dos seus próprios traumas. Woody Harrelson e Ben Forster protagonizam o projecto que certamente ainda dará muito que falar este ano.
 
THE SOLOIST
 
Outro caso como The Road.
 
O filme foi durante vários meses citado como candidato sério aos prémios de final de ano e acabou por ver a sua data de estreia adiada para finais de 2009. Protagonizado por Jamie Foxx e Robert Downey Jr., o filme segue a vida de um músico que capta a atenção de um jornalista que decide fazer dele uma estrela. A pequena diferença é que ele não é um músico qualquer: é um sem abrigo esquizofrénico.
 
O filme de Joe Wright conta ainda com Catherine Keener e Tom Hollander no elenco e será uma aposta forte para os amantes do melodrama com tons musicais.
 
LOS ABRAZOS ROTOS
 
É um dos poucos realizadores europeus que cai bem a Hollywood. Já esteve nomeado ao Óscar de Melhor Realizador e tem vindo a conseguir nomeações sucessivas em categorias chave para os seus últimos projectos. Pedro Almodôvar está de regresso.
 
Los Abrazos Rotos junta-o de novo com Penélope Cruz, Lola Dueñas e Blanca Portillo, que já tinham marcado presença em Volver, e ainda com o actor Luís Homar. Juntos encenam um filme que se desenrola entre a capital espanhola e as ilhas Canárias e que funciona como thriller noir com os típicos traços obsessivos do realizador castelhano.
 
ROBIN HOOD
 
É um dos grandes pontos de interrogação do ano. Ou do próximo.
 
Não tem data de estreia, e começa a ser filmado em Abril. Pode ser adiado sine die ou revelar-se como um dos blockbusters do ano. Trata-se do novo filme de Ridley Scott, uma aventura original sobre a lenda de Robin Hood. O filme chamava-se Nottingham mas Ridley Scott alterou os planos e transformou-o em Robin Hood. O heroi é o mesmo.  Russell Crowe que dará vida ao arqueiro que roubava aos ricos para dar aos pobres.
 
As últimas alterações no projecto tem deixado todos expectantes, bem como as variações que já tem sofrido o projecto. Certo é que Cate Blanchett será Lady Marian e Mark Strong como Guy de Gisborne acompanham o australiano.
 
UP
 
Obviamente que a Pixar recolhe todas as atenções quando anuncia um novo projecto. O estúdio tem sabido manter o nível ano após ano, projecto após projecto. Resta saber se Up continuará a tradição e superará o mega-sucesso de WALL-E.
 

O filme estreia em Maio e será certamente um dos mais falados de todo o Verão. Parte na pole-position no mundo da animação (as primeiras sensações são positivas) mas o interessante será ver se, tal como o seu antecessor, será capaz de se introduzir por mérito próprio no mundo do cinema live-action. Mesmo que acabe por terminar relegado para o gueto que o cinema norte-americano dedicou aos filmes animados.

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Autor Miguel Lourenço Pereira às 04:40
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Quinta-feira, 26 de Fevereiro de 2009

E em 2009 (I Parte)

Terminou a temporada de 2008 com o vencedor esperado mas muitos já tem a cabeça colocada no final deste ano. Normal, não estivesse 2009 marcado por regressos esperados de realizadores de culto, projectos falados há vários anos que chegam à luz do dia e as eternas surpresas que inevitavelmente aparecem.

 
Esta pequena lista não pretende, de nenhum modo, antever quem serão os grandes candidatos do próximo ano. Até porque as surpresas existem sempre (há um ano ninguém sabia nada sobre Slumdog Millionaire) e porque o fantasma de filme esperado já assombrou mais de um forte candidato (que o diga Benjamin Button).
 
No entanto aproveitamos a ressaca da cerimónia para lançar para o ar a lista dos doze projectos (seis hoje, seis amanhã) que, hoje, mais provavelmente marcarão o ano de 2009…excluindo as cartas guardadas na manga pelos estúdios e os “underdogs” que procurarão capitalizar o efeito Slumdog.
 
THE HUMAN FACTOR
 
Pela primeira vez em vários anos a Academia ignorou quase por completo Clint Eastwood. E em dose dupla. No entanto o cineasta estará de regresso em 2009 com aquele que é provavelmente o mais forte candidato no dia de hoje. Porque é um filme com a trademark de Eastwood. Por conta com um excelente elenco. E porque é um biopic sobre uma das personagens do século XX: Nelson Mandela.
 
The Human Factor centra-se na queda do Apartheid, e na forma como Mandela foi eleito como o primeiro presidente negro da África do Sul. O filme recupera episódios da vida do político, encarcelado durante quase três décadas, e trata a temática do racismo num dos maiores países do “Continente Negro” utilizando por base a realização do primeiro mundial de rugby no país, a primeira grande prova de união politica entre negros e brancos. Morgan Freeman (quem senão) volta a trabalhar com o cineasta dando corpo ao estadista enquanto que Matt Damon será o seu contrincante.
 
O filme tem guião de Anthony Peckham a partir do livro homónimo de John Carlin e tem estreia marcada para Dezembro.
 
PUBLIC ENEMIES
 
Michael Mann regressa em força com um elenco de luxo e uma história de eleição. Public Enemies centra-se no final dos anos 20, quando o governo norte-americano criou uma divisão especial destina a capturar os mais perigosos criminosos do país. A divisão era comandada por um jovem J. Edgar Hoover, e seria o primeiro passo para o nascimento do FBI. E o seu primeiro grande alvo a abater foi John Dillinger, um dos mais temidos criminosos da história criminal norte-americana.
 
Juntar Johnny Depp e Christian Bale, dois dos grandes “monstros” da actualidade, sob o mesmo palco – e contar ainda com secundários de luxo como Billy Crudup – é um atractivo suficiente para fazer do filme um dos projectos mais antecipados do ano. A estreia está agendada para Maio, de forma que será previsível que se torne num dos blockbusters do ano. Resta saber se chegará “vivo” à temporada de prémios.
 
NINE
 
Pegar no sucesso de Federico Fellini, 8 ½ e adaptá-lo ao som da Broadway. Assim é Nine, nova incursão de Rob Marshall, autor do vencedor do Óscar de Melhor Filme em 2002 Chicago. O filme conta com um elenco de luxo (Daniel Day-Lewis, Judi Dench, Nicole Kidman, Penélope Cruz, Marion Cottilard e Sophia Loren) e guião escrito pelo falecido Anthony Mingella. Garantias de sucesso num projecto que não deixa de ser um forte risco, já que passar da Broadway a Hollywood é sempre um processo complicado.
 
O filme centra-se na figura de Guido Contini, um realizador em crise existencial que se vê envolto num mundo surreal por onde passeiam todas as figuras marcantes da sua vida…particularmente as mulheres que mais o marcaram.
 
Tem estreia agendada para Dezembro e aparece como favorito para os mais nostálgicos do género musical, que desde 2002 não voltaram a ver um filme do género optar aos prémios mais importantes do ano.
 
THE LOVELY BONES
 
Depois de The Lord of the Rings, Peter Jackson quis cumprir um sonho. Realizou um King Kong quase imaculado mas nem o público nem a critica o compreendeu verdadeiramente. Envolto agora mais na tarefa de produtor (está por detrás de The Hobbit e The Adventures of Tintin), 2009 marca o regresso do neo-zelandês à realização. Ao velho estilo de Jackson.
 
The Lovely Bones é um drama fantástico, bem ao estilo do cineasta que começou por ser um dos nomes maiores do cinema gore. Uma jovem assassinada contempla desde o Céu a vida da sua família traumatizada, bem como a do seu assassino, enquanto vive dividida sobre utilizar os seus poderes para vingar a sua morte ou para ajudar a sua família a recuperar do trauma da sua perda.
 
Um filme que gerou alta expectativa e que conta com um óptimo elenco (Rachel Weisz, Mark Whalberg, Saiorse Ronan, Susan Sarandon) que fazem com que seja um dos projectos mais antecipados do ano, isso se o estúdio não o decidir adiar até 2010.
 
SHUTTER ISLAND
 
Quem também está de regresso é Martin Scorsese. No seu primeiro projecto pós-Oscar (esquecendo o documentário Shine a Light, claro), Scorsese volta a ser ele próprio. Violento, intenso e trepidante. Shutter Island resume a filosofia do cineasta nova-iorquino e volta a junta-lo a Leonardo Di Caprio, o seu novo actor fetiche, num elenco que inclui igualmente Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Emily Mortimer e Michelle Williams.
 
O filme segue as investigações de um detective que persegue um assassino em série que escapou de um centro psiquiátrico de alto nível e está escondido algures na remota Shutter Island.
 
Um projecto com estreia antecipada para Outubro de quem se fala que pode inclusive estar presente em Veneza.
 
THE ROAD
 
Esteve para ser uma das mais fortes apostas para este ano de 2008 mas acabou por ser adiado por problemas de pós-produção. E volta a entrar nas listas dos favoritos. Trata-se de The Road, projecto baseado num dos mais lidos livros de Cormac McCarthy (autor de No Country For Old Men), uma história apocalíptica sobre o fim do Mundo e a incerteza que se lhe segue para os poucos humanos que sobreviveram ao cataclismo.
 
Um filme que provavelmente cairá melhor à critica que ás grandes associações, The Road conta com Viggo Mortensen, Charlize Theron e o jovem Kodi Smith-McPhee (filho de Will Smith que já vimos em Pursuit of Happiness) sob as ordens de John Hillcoat.
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Autor Miguel Lourenço Pereira às 10:38
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Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009

Estreias - Mickey Rourke starring as himself

Renascido das cinzas!

 

Recuperado quando todos o davam como perdido. Mickey Rourke marcou o comeback de 2008. Conquistou uma dezena de prémios, recuperou o prestígio perdido e ajudou a fazer deste filme quase em tom de documentário, um dos filmes mais falados de 2008.

 
Dirigido por Darren Aronofsky, The Wrestler conta a história de um lutador de wrestling acabado. Acabado pela idade, pelo pacemaker que tem no coração, e pela vida. Nos tempos livres, entre uns biscates aqui e ali para poder pagar a roullote onde vive, Randy passa as noites num bar de strip onde se torna amigo de uma striper, também ela de meia-idade à procura de algum jovem ansioso de ver uma mulher comida pela idade, e não uma jovem espampanante, pronta a roubar-lhe o lugar.
 
É esta ópera de vencidos da vida, de perdidos dos subúrbios, desse lado roto da América, que Aronofsky monta um regresso inesperado e que torna o projecto ainda mais interessante, não fosse o facto de Rourke ter abandonado o cinema para mergulhar nos ringues, prometendo um regresso para breve. Resta saber o que espera o actor que chegou a ser uma das grandes promessas dos anos 80 para se tornar num caso perdido a ponto da ressurreição.
 
E isso também é a magia do cinema!
 
Esta semana estreiam igualmente:
 
The Spirit conseguiu a proeza de se transformar num dos grandes flops do ano. Chega a Portugal já com algumas semanas de atraso e completamente massacrado pela crítica e pela fraca afluência de público. Para os amantes do género, The Spirit não é Sin City, apesar de Frank Miller decidir aqui avançar sozinho na realização. O elenco vive de Scarlett Johansson e Eva Mendes e pouco mais. Um filme que dificilmente passará à história e que estreia para aproveitar o filão que o género desperta.
 
Bella conta a história de um ex-jogador de futebol mexicano que é forçado pela circunstância da vida a tornar-se em cozinheiro. Num hotel de Nova Iorque conhece a mulher que vai mudar por completo a sua vida. A direcção é do mexicano Alejandro Gomez Monteverde e Eduardo Verastegui e Tammy Blanchard repartem as honras como protagonistas.
 
Bedtime Stories volta a colocar Adam Sandler no meio onde se sente melhor: a comédia non-sense. O actor norte-americano lidera um elenco cheio de nomes sonantes (Courtney Cox, Guy Pearce, Keri Russell, …) num filme onde o irreal e o real se misturam de forma a concretizar o sonho de um jovem a quem lhe tinham prometido a gerência de um luxuoso hotel. A direcção é de Adam Shankman.

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Autor Miguel Lourenço Pereira às 13:57
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Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2009

Momentos...

Do triunfo apoteótico de Slumdog Millionaire - coroado pelo sempre sorridente Danny Boyle - aos rostos emocionados de todos no Kodak Theather aquando do discurso de aceitação da familia de Heath Ledger, a noite de ontem dos Óscares da Academia ficou marcada por alguns dos momentos mais emocionantes do ano.

 

Aqui estão alguns exemplos:

 

 

 Sean Penn com o melhor discurso de toda a noite

 

Kate Winslet emocionada pelo primeiro Óscar

 

Danny Boyle exultante com a vitória

A irmã e mãe de Heath Ledger agradecem o Óscar

A equipa de Slumdog festeja o triunfo final

A. R. Rhaman, duplo vencedor por Slumdog

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Autor Miguel Lourenço Pereira às 15:13
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Slumdog vence cerimónia previsivel mas animada

Cumpriram-se todas as expectativas.

 

Slumdog Millionaire entrou na galeria dos grandes vencedores ao levar para casa 8 estatuetas douradas, menos duas das que optava antes de iniciar-se a cerimónia. Uma vitória arrasadora e indiscutivel que foi bem recebida pela plateia do Kodak Theather.

 

Numa noite onde a grande estrela acabou por ser Hugh Jackman (excelente trabalho como mestre de cerimónias numa gala com um ritmo avassalador), o filme de Danny Boyle imperou e manteve em alta o espirito de optimismo que o converteu no favorito de quase todos os espectadores neste periodo de prémios. Onde conseguiu a consagração definitiva.

 

A cerimónia serviu igualmente para consagrar dois dos grandes actores da sua geração. Kate Winslet venceu finalmente o seu ansiado Óscar, por The Reader, enquanto que Sean Penn voltou a não permitir o comeback que todos desejavam, e bateu o seu amigo Mickey Rourke, a quem dedicou a estatueta. Um dos momentos mais emotivos da noite.

 

Emoção igualmente na forma original como a familia de Heath Ledger recebeu o Óscar que o australiano recebeu, a titulo postumo, pelo seu desempenho assombroso como The Joker em The Dark Knight. O filme de Nolan foi o unico que bateu Slumdog Millionaire (em Ediçao Sonora) e levou duas estatuetas para casa, as mesmas de Milk. The Curious Case of Benjamin Button ficou-se por tres e The Reader apenas conquistou uma, o mesmo que The Duchess. Frost/Nixon foi o grande derrotado voltando para casa de mãos vazias.

 

Outra surpresa foi a vitória do japones Departures sobre Waltz with Bashir e Entre Les Murs, na categoria de Filme Estrangeiro, enquanto que Man on Wire e Wall-E venceram, como se esperava nas categorias de Documentario e Filme Animado.

 

A cerimónia ficou igualmente marcada pela entrega do prémio Jean Hersholt a Jerry Lewis e por uma lavagem de cara que foi aprovada por todos. Uma cerimónia mais voltada para os actores - a nova e originalissima forma de apresentar os ganhadores das categorias de representação foi um achado - e repleta de bons momentos musicais.

 

No final cumpiram-se as previsões e o que faltou em emoção, conseguiu-se em diversão. E para o ano há mais!

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Autor Miguel Lourenço Pereira às 14:59
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É a magia, estúpidos!

Os Oscares têm destas coisas. Deixam-nos expectantes durante meses a fio. E depois de umas poucas horas acabam. E tudo fica marcado para a história e escondido, num canto da memória. Até ao ano que vem. E depois há aqueles momentos que se eternizam no tempo. E que deixam no ar as questões que realmente importam.

 
Na cerimónia da última madrugada assistimos à consagração de um dos mais apaixonantes fenómenos de popularidade dos últimos anos. Um pequeno filme, rodado quase sem meios e sem nomes de luxo para preencher a letras gordas os cartazes de publicidade, bateu o pé aos gigantes e assumiu-se como o filme do ano. Já o tinha feito para um sem número de associações. Mas o que conta são estas pequenas estatuetas douradas. E conseguiu levá-las para casa, com a ratice de um menino de rua esfomeado. E enquanto os velhos do Restelo e os mais anti-Óscares se queixam de que falta a este pequeno filme esse traço de grandeza artístico-intelectual, a Academia responde com uma vitória categórica. E envia a mensagem: É a Magia, estúpidos!
 
Slumdog Millionaire é um filme mágico que irradia boa disposição, sorrisos e uma sensação de paz interior atípica no cinema dos dias de hoje. E consegue-o sem nunca abandonar o caminho da excelência. E isso é um mérito numa era onde a ânsia de lucro e o poder do star-system condena, quase desde a raiz, qualquer projecto ambiciosamente bem disposto. E os que por aí passam, são mutilados imediatamente pela crítica, sempre à procura do próximo filme negro e pessimista para elevar aos panteões dos Deuses da Arte que é a sétima na ordem, a primeira na magia. E é essa magia que Slumdog evoca. Os sorrisos nos primeiros Chaplin, o rosto do pequeno de The Kid é também o rosto de Jamal, quando contempla o Taj Mahal pela primeira vez. É a mensagem da bondade do destino que evocava Capra nas primeiras obras. E é, acima de tudo, a magia do original, do diferente, ao ritmo de uma banda sonora hipnotizante, por contradição a todas essas composições clássicas imaculadas que se repetem no tempo e espaço.
 
A vitória de Slumdog Millionaire é a vitória da magia cinematográfica. Não é a coroação do melhor filme do ano. Até porque isso é sempre subjectivo, convenhamos. Nem do mais arrojado projecto. Ou do mais artístico. Mas é aquele que mais depressa conquistou os corações do público. Aquele que ficará na memória. Daqui a um boa dezena de anos, The Curious Case of Benjamin Button tornar-se-á provavelmente num filme de culto para uma minoria selecta. Milk um ícone da comunidade gay, e pouco mais. Frost/Nixon cairá no esquecimento quase tão depressa como The Reader. E quando aos ausentes, WALL-E será ainda um marco, mas certamente já haverá meia dúzia de filmes melhores saídos daquela fábrica mágica que é a Pixar. The Dark Knight continuará a ser um ícone do seu género. E Revolutionary Road certamente será recuperado pela geração seguinte à que desprezou este fantasma do vazio.
 
Mas Slumdog Millionaire continuará a ser ele próprio. E certamente aqueles rostos endiabrados continuarão a recolher sorrisos. E no final todos torceremos de novo para que Jamal acerta a resposta que se lhe faz durante todo o filme. E que o destino se cumpra. A Academia fez a parte dela. Imortalizou-o. O tempo fará o resto.

Autor Miguel Lourenço Pereira às 00:01
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Domingo, 22 de Fevereiro de 2009

Hoje, 1 da manhã hora portuguesa

Começa. E tres horas depois...termina mais um ano cinéfilo.

 

Slumdog é o favorito. Tudo pode acontecer nas restantes categorias.

 

É o espectáculo de Hollywood na cerimónia mais fascinante da indústria do entretenimento.

 

Welcome to the Oscars!

 

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Autor Miguel Lourenço Pereira às 15:35
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Primeiros posters do novo de QT

Uma semana depois de ser conhecido o primeiro trailer (que não teve a acolhida esperada) a produtora de Inglorious Basterds divulgou os primeiros posters do filme.

 

O novo projecto de Quentin Tarantino tem estreia marcada para Maio (muito provavelmente estará em Cannes) e narra a história de um esquadrão especial do exército norte-americano, composto apenas por judeus que se infiltram na França ocupada para assassinar oficiais nazis.

 

No filme poderão encontrar Brad Pitt, que se estreia ás ordens de QT, bem como Mike Meyers, Eli Roth, Diane Kruger e Daniel Bruhl.

 

Cliquem na imagem para poder ver os restantes posters divulgados.

 

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Autor Miguel Lourenço Pereira às 10:52
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