São as três categorias que se colocam imediatamente fora das habituais contas. Fácil, são prémios especiais para filmes que raramente entram noutros concursos. E se este ano Up fez história e conseguiu a nomeação ao Óscar de Melhor Filme, a verdade é que a sua vitória entre os filmes de animação parece clara. Ao contrário da categoria principal onde a nomeação é já de si um triunfo.
Filme Estrangeiro (em lingua estrangeiro, melhor dito), Documentário e de Animação. Um Mundo à parte da noite louca das estatuetas douradas.
FILME ESTRANGEIRO
Este 2010 foi um belo ano para a história do cinema europeu com vários filmes de grande nível. Foi um ano também em cheio para o cinema sul-americano. É portanto normal que ambos os continentes controlem as nomeações a uma estatueta que nem sempre ganha o melhor, mas sim o que mais surpreende os poucos votantes que vêm de facto os cinco filmes em disputa.
A Academia obriga a quem quer votar nesta categoria que comprove se viu ou não a totalidade dos nomeados. E isso torna-a bastante mais interessante do que outras onde o voto muitas vezes é feito puramente com base em amizades. Un Prophete é o favorito porque é um filme com um toque subtil de cinema americano. E em Hollywood valorizam muito esse aspecto no cinema europeu. Das Weiss Band é uma grande obra, mas de uma cinema de autor, mais pessoal, e que muitas vezes choque - tal como com os autores norte-americanos - com a vontade da indústria.
No final de contas o lógico ganhador seria El Secreto de Sus Ojos, filme que pode ser comparado perfeitamente à idade clássica de Hollywood mas que mantém a tranquilidade sul-americana que muitas produções de cinema noir norte-americanas nunca teriam. É o mais belo filme do ano e seria o justo ganhador. Mas dificilmente ultrapassará o maior mediatismo dos rivais europeus.
Já o israelita Ajami e o peruano La Teta Asustada confirmam o bom momento de ambas filmografias e trazem mais uma dose de suspense a uma luta renhida até ao último voto.
E o Óscar vai para...Un Prophete
E o Óscar devia ir para...El Secreto de sus Ojos
E a surpresa é...Das Weiss Band
DOCUMENTÁRIO
Se há uma categoria misteriosa, é esta.
Talvez porque Hollywood despreza habitualmente um género que sobrevive graça a meia-duzia de autores, muito auto-financiamento e a imagem de independência face ao sistema. E por isso mesmo esta categoria acaba por ser uma imensa minoria no meio do mundo de ficção.
Entre isto é também habitual que um filme documental surja como favorito em Outubro e mantenha-se assim até ao final. Todos os anos repete-se a mesma história e é raro ver uma verdadeira surpresa. Este ano não é diferente.
O tristemente belo The Cove é o máximo favorito e é dificil que perca. Quase impossível. Food Inc, documentário sobre a industria de fast-food é o único rival sério, mas a história sobre o massacre de golfinhos pela frota pesqueira japonesa é forte demais para ser evitada. Um filme sublime e doloroso que merece, mais do que nunca, ser visto com o logo de ganhador ao lado. Há filmes assim!
E o Óscar vai para...The Cove
E o Óscar devia ir para...The Cove
E a surpresa é...Food Inc.
FILME ANIMAÇÃO
Desde que Toy Story consagrou a Pixar como o mais divertido e inovador estúdio cinematográfico do mundo da animaçã que é dificil ver um filme Pixar perder. Não é inédito - o belissimo Cars provou-o - mas extremamente dificil.
O cenário volta a repetir-se este ano. Up conseguiu fazer história e está entre o top 10 do ano (WALL-E e Ratatouille estariam provavelmente se nos últimos dois anos houvesse dez vagas) e provavelmente vencerá um Óscar mais. E será quase impossível que perca aqui. Por muito original que seja Coraline, por muito apoio que possa ter Fantastic Mr Fox. A vitória do belissimo Up é inquestionável.
A categoria há muito que está fechada para discussão e nem o regresso da casa-mãe Disney apretou a corrida. O Oscar é merecido para Pete Docter e volta a juntar mais uma estrelinha dourada na mágica realidade Pixar.
E o Óscar vai para...Up
E o Óscar devia ir para...Up
E a surpresa é...Fantastic Mr Fox
A festa começou por um jantar de amigos no longinquo 1927. À época a estatueta dourada ainda não tinha um nome sequer e a importância no meio da fervilhante Hollywood era muito reduzida. Talvez por isso hoje poucos se lembrem que Wings venceu o primeiro Óscar de Melhor Filme enquanto que The Crowd venceu o Óscar ao Melhor Filme Artistico. Uma dualidade de critérios que sobrevive até hoje.
A Academia de Hollywood prepara-se para a sua 83 edição.
O Kodak Theather volta a ser o palco da festa do cinema da indústria norte-americana que hoje é, igualmente, a noite de maior glamour do mundo do espectáculo. A noite onde todos querem estar. Ver e ser vistos. No entanto é também uma noite que tem perdido audiência face às últimas apostas da Academia. Também por isso houve várias mudanças este ano, prevê-se uma cerimónia bem diferente - já a do ano passado tinha toques bastante originais - e o objectivo é ampliar largamente o público em casa. Para isso ajudam as várias estrelas juvenis a apresentar prémios e alguns dos filmes nomeados.
No entanto a Academia acaba por recorrer a dois velhos nomes da casa, Alec Baldwin e Steve Martin, para apresentar a gala. Fugindo ao ritmo popular de Jackman ou dos habituais comediantes da nova vaga como foram Chris Rock e Jon Stewart, a presença desta inusual dupla dá um toque à velha Hollywood que não gosta de ficar demasiado para trás. E aí está a vantagem de The Hurt Locker. A maioria da audiência gostaria de ver Avatar vencer. Ou New Moon, se estivesse nomeado. Na América profunda talvez o favorito seja The Blind Side. Mas o favorito é ainda e sempre o filme de Bigelow.
The Hurt Locker arranca com 8 nomeações - tantas como Avatar - e uma série de vitórias acumuladas nos últimos dois meses que o tornam no claro favorito. É a aposta do Cinema para vencer. Por vários motivos que vamos explicar ao largo desta semana que antecipa a grande noite.
A corrida é no entanto bastante aberta em várias categorias. Avatar e Inglorious Basterds serão os grandes rivais do filme sobre a Guerra do Iraque em todas as categorias chave (Filme, Realizador, Argumento, Montagem, Fotografia, Direcção Artistica, Som). É aí que se vai definir o resultado final porque os prémios de interpretação - salvo vitória surpresa de Jeremy Renner - estão noutras áreas. Só Christoph Waltz se perfila como ganhador anunciado dentro do circulo dos três favoritos.
A noite guarda 21 estatuetas douradas das quais três entram em contas bastante especificas. Sobram portanto 18 prémios que serão distribuidos sem grandes diferencias. Não se espera uma noite como a de Slumdog Millionaire no ano passado ou, mais ainda, de Titanic ou Lord of the Rings: The Return of the King. O mais provável é que Avatar e The Hurt Locker empatem em vitórias (4 cada), se bem que a Academia pode querer fazer a diferença numa categoria chave: Fotografia.
A gala do próximo dia 7 confirmará a direcção que Hollywood pretende para a sua Academia. Se virada para o futuro e para as massas. Se virada para o passado e para os autores. Se uma mescla para agradar a gregos e troianos. Faltam 9 dias...
Com os adolescentes a dominarem cada vez a ordem de produção de Hollywood era inevitável que começassem a surgir adaptações modernas de velhos contos juvenis. The Girl of the Red Riding Hood - ou, para os mais distraidos, a história do Capuchinho Vermelho - é a próxima na fila.
O filme adapta aos tempos modernos a história da Capuchinho Vermelho e envolve-a com elementos de tragédia, humor e algum erotismo. A adaptação da imortal história dos irmãos Grimm está a cargo de David Johnson e o filme será dirigio por Catherine Hardwicke, a cineasta que abriu a trilogia Twilight a quem este filme vai especialmente dirigido.
Repleto de adolescentes nos principais papeis, o filme será mais ousado do que a saga vampirica, mas tem o mesmo público alvo. Como protagonista foi elegida a jovem Amanda Seyfried e atrás de si terá Leonardo di Caprio como productor. O projecto começa a ser rodado no Outono para estrear em Maio de 2011.
Regressa Martin Scorsese e de novo com Leonardo Di Caprio. Só isso é suficiente para dar a garantia de que o novo filme de uma das duplas mais dinâmicas da década vale a pena. Mas Shutter Island é mais do que isso. Um exercicio hábil e labirintico com um verdadeiro tour de force que surpreende a cada segundo que passa. É, inequivocamente, um dos filmes do ano.
Ted Daniels é um US Marshall enviado para investigar o curioso desaparecimento de uma mulher, detida numa instituição psiquiatrica na isolada Shutter Island. Ao seu lado um parceiro com quem nunca trabalhou e um desafio repleto de encruzilhadas. A ilha está repleta de armadilhas que Daniels terá de saber descortinar se não quer correr o risco de também ele se perder para sempre.
Com um notável trabalho técnico - em particular a brutal banda sonora - Scorsese molda a sua excelente troupe de actores - para além do genial Di Caprio há ainda Ben Kingsley, Mark Ruffalo, Patricia Clarkson, Michelle Williams e Max von Sydow - num ambiente claustrofóbico e assustador onde nada é, realmente, o que parece. O filme tem ainda o mérito de marcar a melhor estreia nas bilheteiras na carreira do cineasta e um dos melhores registos do actor.
Shutter Island esteve para estrear em Novembro, no calor da temporada dos prémios de final de ano. A productora decidiu adiar para Fevereiro a estreia do filme contra a vontade de Scorsese. Afinal há neste seu regresso ao cinema noir matéria-prima para ombrear com qualquer um dos grandes títulos de 2009. Shutter Island é uma autêntica obra-prima do primeiro ao último frame. Até ao último frame.
Esta semana estreiam também:
The Cove é um triste documentário que nos leva até ao lado mais podre e obscuro da mente humana. Uma baía na costa japonesa, milhares de golfinhos indefesos e uma sede de matar que só um animal como o Ser Humano tem. Documentário de denuncia sobre a morte indiscriminada de um animal em vias de extinção dirigido por Joe Chisolm que se perfila como o justo vencedor do Óscar de Melhor Documentário.
A Guerra do Iraque entrou na primeira fila da discussão com o filme de Kathryn Bigelow mas antes já os Estados Unidos tinham visto The Messenger, um poderoso drama que passou por Sundance e Berlim e que valeu a Woody Harrelson a nomeação ao Óscar de Melhor Actor Secundário. Num filme onde também brilham Samantha Morton e Ben Foster, acompanhamos dois soldados destacados a comunicar às familias as mortes no campo de batalha. Notável exercicio dramático sobre o poder da culpa dirigido por Oren Moverman.
Nos primeiros segundos Martin Scorsese ganha o jogo. Não precisa de mais. Os primeiros vislumbres de Shutter Island deixam o espectador preso, irrequietamento tranquilo. Os ruidos de fundo são silenciados a cada gotejar de tensão. Sob uma banda sonora assustadoramente lugubre, embarcamos numa viagem que sabemos, já de antemão, que não tem regresso. Marty emula Hitch e apresenta aqui o seu particular Vertigo.
Lembrar Hitchcok é inevitavel a cada frame de Shutter Island. É verdade que o cineasta britânico é mais limpo. Não explora a violência com a selvagem naturalidade de Scorsese, maestro em sacar do interior da alma do Ser Humano o seu lado mais animalesco. Se os filmes do mestre do suspense eram isso mesmo, direccionados para o suspense, aqui é o temor que pauta o ritmo. O temor ao que nos podemos encontrar. A verdade, essa palavra tão forte, nunca paira sob o filme. Vivemos uma constante mentira, desde o primeiro olhar de Di Caprio, esse fabuloso actor que está para a geração contemporânea como esteve Brando para a geração de 50. Nos últimos 15 anos Leonardo Di Caprio transformou-se mil vezes e em todas elas soube prevalecer sob as suas próprias assombrações. Mas nunca foi tão fundo no seu desespero humano como nesta trepidante viagem à mente humana. Talvez Di Caprio seja o melhor reflexo desse olhar hitchcockiano de Shutter Island. Durante o filme arrasta-se como o "wrong man" que o inglês sempre explorou. Mas como o filme é de Martin Scorsese, a culpa ganha sempre uma particular dimensão. Uma trágica dimensão.
Lembrar obras do passado ao olhar para Shutter Island é entender que Scorsese não está a criar algo puramente genuino. Mas está a limar asperezas. Se o ritmo da narrativa e o suspense constante nos levam directamente a Vertigo, já o mundo sobrenatural que paira sobre a devastada ilha encaminha-nos para a porta de Shinning. O filme memorável de Stanley Kubrick é um hábil ensaio sobre a morte e a loucura. Os dois vectores desta narrativa. Assombrações ou alucinações? Mortes ou mentiras? Passado ou presente? Os pesadelos que vão emergindo Ted Daniels vão confrontando o espectador com várias verdades, vários sonhos, vários temores. E diluem-se sob essa partitura sonora arrepiante e essa montagem - mais um trabalho de mestre de Telma Schoomaker - absolutamente assombrosa. Daniels, esse US Marshall destacado para destapar uma conspiração, transforma-se na presa de um labirinto feito à sua medida. A verdade transforma-se em dúvida e todos aqueles que o deveriam ajudar tornam-se perigosos carrascos. No meio o instinto de sobrevivência muda o ritmo a cada alucinação em que entramos. A verdade? Palavra dificil.
Se Scorsese não assina com Shutter Island a sua obra máxima - como fizeram Hitchcock e Kubrick com Vertigo e Shinning - é porque a sua filmografia é de tal forma variada e notável que se torna dificil entrar por essa valoração. No entanto o ritmo que imprime à história abre passo a um fabuloso trabalho de direcção. E de interpretação. Di Caprio é assombro - como já o tinha sido em The Departed e Aviator, para só citar colaborações scorsesianoas - mas não está só. O seu fiel parceiro, Chuck, é um tenso mas seguríssimo Mark Ruffalo, enquanto que Ben Kingsley e Max von Sydow, dois dos grandes maestros da interpretação à europeia, se transformam facilmente em nemésis fáceis de identificar. Num mundo de homens - como é sempre o universo de Scorsese - a pertrubação da mente é culpa das mulheres. É uma mulher a quem Teddy busca, é uma mulher quem o avisa dos perigos. E é uma que a assombra. Tanto Emily Mortimer, como Patricia Clarkson e, sobretudo, Michelle Williams tornam-se nesse trio de harpias letais que o encaminham para o fim.
Estreado em Fevereiro por uma polémica decisão da Paramount - que acreditava ter em The Lovely Bones um filme mais forte na corrida aos Óscares - Shutter Island já se tornou num fenomeno de bilhteira. É inequivocamente um filme brilhante, destinado a marcar o ano. E, mais do que isso, a pautar a própria carreira - em fase ascedente - de Di Caprio confirmando também que os quatro anos de pausa de Scorsese foram bem empregues. Shutter Island é uma obra-prima. Até ao último frame!
Classificação -
Realizador - Martin Scorsese
Elenco - Leonardo Di Caprio, Mark Ruffalo, Michelle Williams
Productora - Paramount
Classificação - m/12
Ter sido detido pela policia suiça pode ter sido uma verdadeira benção para Roman Polanski. O cineasta, algo desaparecido desde o Óscar ganho em 2002 por The Pianist, recebeu o Urso de Prata ao Melhor Realizador pelo seu novo projecto, The Ghost Writer. E o sentimento era claro. Recompensar o autor que tem a lei à perna.
No entanto o filme de Polanski, um dos mais aplaudidos do certame, não pôde com Honey. A Turquia tem uma forte presença na sociedade germânica e não é a primeira vez que os autores turcos encontram no Festival de Berlim o seu espaço. Honey venceu o Urso de Ouro ao Melhor Filme e não foi um mero acaso. A obra de Semih Kaplanoglu, conquistou o juri presidido pelo germânico Werner Herzog é a terceira parte de uma trilogia social sobre a juventude turca e a sua entrada no novo século. Foi um vencedor sem contestação mas acabou por ser eclipsado pelo trofeu entregue a Polanski - que não esteve presente - e pelos prémios atribuidos a How I Ended This Summer e If I Want to Whistle, I Whistle.
Duas produções da Europa de Leste que dividiram entre si o grosso do palmarés. O primeiro, filme russo de Alexei Popogresbky deu um inédito Urso de Prata partilhado aos dois actores do filme, Grigory Dobrygin e Sergei Puskepalis e ainda o prémio à Melhor Fotografia. Já o filme romeno de Florian Serban ganham o prémio especial do Juri e o prémio de melhor cineasta debutante.
Entre o palmarés destaque ainda para a melhor actriz, a japonesa Shinobu Terajimi, pelo seu papel em Caterpillar, um drama erótico sobre uma mulher confrontada com um marido amputado de pernas e braços obcecado por manter relações sexuais com ela diariamente. O prémio ao melhor guião ficou também no Oriente, entregue a Wang Quaann, autor de Apart Together.
O festival passou ao lado dos titulos mais mediáticos a apostou fortemente na filmografia que mais se adequa ao estilo do presidente do Juri, mais realista e apostada em temas sociais. No entanto confirmou-se a popularidade do certame e a sua aposta preferencial por obras europeias, face à paixão de Cannes e Veneza pelas filmografias orientais e sul-americanas evidenciadas nas últimas edições.
Uma vitória esmagadora de The Hurt Locker na entrega dos BAFTA, os prémios da Academia cinematográfica britânica, abre caminho a um triunfo claro na próxima edição dos Óscares.
O filme de guerra da cineasta Kathryn Bigelow - que levou para casa mais um trofeu de Melhor Realizador - esmagou totalmente a concorrência, entre as apostas norte-americanas (Inglorious Basterds e Avatar) e britânicas (An Education e Fish Tank). Para lá dos prémios como Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Argumento Original o filme levou para casa os prémios de Melhor Fotografia, Montagem e Som. Um total de seis triunfos, bem à frente do segundo filme mais premiado da noite.
Londres engalanou-se para receber as estrelas do cinema e poucas faltaram ao encontro. A noite confirmou o dominio dos actores europeus - apenas MoNique venceu como Actriz Secundária - e principalmente dos britânicos. Colin Firth bateu previsivelmente a concorrência americana para levar para casa o prémio de Melhor Actor enquanto que a jovem Carey Mulligan surpreendeu ao arrebatar o trofeu à grande favorita, Meryl Streep. Também o austriaco Christoph Waltz não faltou a recolher o seu trofeu obrigatório como Actor Secundário do ano.
Up in the Air venceu na categoria de Melhor Argumento Original - o único trofeu do filme de Jason Reitman - enquanto que Up confirmou o favoritismo vencendo como Filme Animado e Banda Sonora. Un Prophete surpreendeu como Filme de Lingua Não-Inglesa e Avatar teve de se confirmar com dois prémios técnicos, Efeitos Visuais e Direcção Artistica. Tantos como Young Victoria, drama histórico britânico que levou os trofeus de Maquilhagem e Guarda-Roupa.
Os BAFTA têm-se revelado, de todos os prémios da temporada, os mais acertados à hora de prever os Óscares. Talvez pelo forte peso da comunidade britânica na Academia de Hollywood - são mais de 1500 membros - a verdade é que o apoio massivo a The Hurt Locker ajuda a desbloquear a candidatura do pequeno e genial filme sobre a Guerra do Iraque e os homens que lá vão à procura de algo mais do que a sociedade ocidental é capaz de lhes oferecer.
Os biopics sobre musicos célebres tornaram-se numa moda recente e a galeria de filmes prepara-se para ganhar uma nova estrela musical. A Universal está já a produzir um filme sobre a vida de Kurt Cobain, lider da banda Nirvana e pai espiritual do movimento grunge.
O filme estava em banho maria há algum tempo. Em 2007 já se tinha falado num projecto, inspirado no guião de David Benioff, mas a falta de direitos cancelou a produção. Agora que os estúdios têm tanto os direitos da vida de Cobain como da música da banda, o filme parece que vai mesmo avançar com o autor de The Messanger, o cineasta Oren Moverman, a pulir o argumento original e a colocar-se detrás das camaras.
Para o principal papel a grande aposta é Jeremy Renner. O actor nomeado ao Óscar pelo seu desempenho em The Hurt Locker e o favorito para transformar-se no polémico músico que já foi explorado, de forma alegórica, por Gus van Sant em Last Days. Nessa ocasião foi o jovem Michael Pitt a dar corpo a um "falso" Cobain.
O filme, sem qualquer titulo de produção e nenhum nome oficial no elenco, está já a ser desenvolvido e poderia começar as filmagens no Outono.
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