Depois do relativo insucesso da adaptação da obra de José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira, o cineasta brasileiro Fernando Meirelles regressao ao cinema de critica social onde se forjou com o aclamado Cidade de Deus.
360 debruça-se sobre o estudo da sexualidade e as relações entre membros de distintas classes sociais e sob a forma como utilizam o sexo com um escape para a diferenciação social que pauta a sociedade ocidental contemporânea. Inspirado na peça teatral austriaca Reigen, o filme centra-se em histórias cruzadas de vários casais todos unidos pelo prazer do sexo, como redenção fisica e social.
O guião é da autoria de Peter Morgan, autor de The Queen, e terá um elenco internacional, apesar da produção do filme ser totalmente britânica. O projecto tem estreia prevista para 2012.
Depois de todo o mistério à volta do quarto filme da saga Pirates of the Caribbean, a Disney finalmente decidiu aclarar os fãs de Jack Sparrow e divulgar a trama que estará por detrás do filme que dará inicio a uma nova trilogia, On Stranger Tides.
Jack Sparrow, o irresistível pirata encarnado de forma sublime por Johnny Depp, reencontra um velho amor dos seus dias passados, uma misteriosa mulher pirata que o leva a uma nova e inesperada aventura: a busca da Fonte da Eterna Juventude.
Se a mulher procura a fonte para permanecer eternamente jovem e bela, Sparrow procura fazer fortuna e resgatar o seu Black Pearl das mãos do temivel pirata Blackbeard, que parece estar estranhamente ligado à jovem.
Sem a história amorosa entre Bloom e Knightley, o filme conta com várias adicções a um elenco onde só Depp, Rush e McNally se mantêm da trilogia original. Ian McShane, Penelope Cruz, Astrid Berges-Frisbey e Sam Clafflin são as grandes novidades do filme dirigido por Rob Marshall, filmado em 3D e cuja data de estreia já está reservada. Será a 20 de Maio de 2011.
O estrepitoso fracasso de The Happening, que se seguiu a um sucesso menor como foi Lady in the Water, retirou rapidamente o condão de midas ao cineasta M. Night Shyamalan. É assim Hollywood, implacável com os artistas incapazes de transformar a arte em milhões. De tal forma que o realizador teve de esperar por uma incursão ao mundo da animação - está prestes a estrear The Last Airbender - para poder voltar ao seu mundo de mistério.
O próximo filme do realizador de Philadelphia é ainda uma incógnita. De tal forma que até os executivos dos estúdios a quem Shyamalan tem apresentado o projecto só estão autorizados a ler o guião na sua presença (ou de um representante) e não podem fazer cópias. O segredo é a alma do negócio. O que parece claro é que o realizador vai ter luz verde ainda este ano e prepara-se para voltar a trabalhar com Bruce Willis, protagonista de dois dos seus maiores sucessos, The Sixth Sense e Unbreakable.
No elenco estão também praticamente confirmados os nomes de Gwyneth Paltrow e Bradley Cooper, dispostos a seguir o cineasta independentemente do estúdio que acabe por ficar com os direitos de uma história que só deverá ver a luz do dia em 2012.
Com os blockbusters a prepararem-se para assaltar as salas de cinema no Verão, talvez este final de Junho concentrado no Mundial de Futebol seja a ocasião propicia para a estreia de vários filmes que andaram a circular pelo circuito de Festivais chamando a atenção para um cinema diferente ao que habitualmente deixa as salas repletas.
Entre as estreias mais destacadas, impossível ignorar Shirin.
O filme do iraniano Abbas Kiorastami esteve em alta junto dos admiradores do realizador e recolheu a unanimidade da critica europeia, sempre indefectível do cineasta que entretanto já voltou à carga, em Cannes, com direito a prémio para a actriz que também protagoniza esta narrativa. O filme centra-se em 114 actrizes iranianas, caladas pelo seu regime, e uma estrela francesa de dimensão europeia, a inevitável Juliette Binoche. No pano de fundo a representação de Shirin, um dos mais históricos e poéticos trabalhos literários iranianos, uma obra-maestra do século XII que Kiorastami faz subir ao palco.
O realizador procura encaixar o seu cinema, camara subjectiva, parada, ralentizada, com o poder do rosto feminino, que encontra sempre na actriz francesa a sua particular e apaixonante musa. São esses os rostos que nos contam a história que os ouvidos deixam captar mas que os olhos não podem ver.
Esta semana estreiam também:
Uma psiquiatra, farta dos comprissos da sua vida matrimonial, com um executivo de renome, deixa-se seduzir por uma paciente, jovem modelo, e entrar numa espiral de auto-descoberta, erotismo e desafio contra tudo aquilo que sempre foi o espartilho da sua rotina. Duas Mulheres é o novo trabalho de João Mário Grilo, e conta com Beatriz Batarda, Virgilio Castelo e a jovem Débora Monteiro nos principais papeis. Um filme pautado por um ritmo trágico e carregado de um erotismo eternamente ausente da filmografia lusa.
Um ex-presidiário transforma a vida de uma pacata mulher de familia num verdadeiro turbilhão de emoções. É essa a base de partida de Partir, filme dirigido por Catherine Corsini, rodado no sul de França e com Kristin Scott-Thomas, Sergi Lopez e Yvan Attal nos principais papeis. Uma história sobre o poder do momento face à eterna calamidade em que se pode transformar o agonizante dia a dia.
Desert Flower é o retrato emocionado de uma mulher que viu o purgatório e sobreviveu para contá-lo. Sherry Horman dirige esta história protagonizada por Liya Kedebe, no papel veridico de uma jovem somali, circuncisada aos 3 anos, vendida para um casamento de conveniência aos 13 e que logrou escapar ao seu destino, fugindo de África para os Estados Unidos onde se tornou uma celebre modelo e uma voz activa dentro da ONU contra a circunsisão genital feminina.
Sin Nombre é uma inevitável viagem ao sempre perigoso dia a dia dos emigrantes clandestinos que procuram, diariamente, uma vida melhor para lá do Rio Grande. Cary Fukunaga, dirige a história de de uma familia hondurenha que deixa o seu país para atravessar toda a América Central até chegar aos EUA. Onde ninguém sabe o que esperar. Marco Antonio Aguirre, Alonso Karla e Cecilia Alvarado protagonizam este tocante e bem realista drama humano.
Não podia faltar também a inevitável comédia norte-americana, When in Rome. O filme protagonizado por Kristin Bell, e dirigido por Mark Steven Johnson, centra-se na viagem de uma jovem executiva nova-iorquina a Roma onde redescobre as multiplas facetas do amor. O filme conta ainda no elenco com Josh Duhamel, Anjelica Huston, Dax Shepard e Don Johnson.
Depois de Guillermo del Toro ter anunciado que não está disposto a continuar na pré-produção de The Hobbit, que ameaça alastrar-se por mais três anos, o productor e director da saga original, Peter Jackson, parece já ter encontrado um substituto para o autor de El Laberinto del Fauno.
Amigo pessoal e discipulo atento, Neil Bloomkamp parece ser a escolha óbvia para o productor.
O director de District 9, uma das grandes revelações do ano, é a escolha para dirigir o diptico que relatará as aventuras no livro original de JRR Tolkien sobre Bilbo Baggins e as suas viagens pela Terra Média. Dessa forma, Jackson, apesar de se manter no papel de productor, continuará a estar bem presente no processo de realização, como aliás já sucedeu com o filme de estreia do cineasta sul-africano.
Com a rodagem de The Hobbit bloqueada pela MGM, ainda a resolver os seus problemas económicos, e com as datas a serem alargadas até ao próximo mês de Dezembro, Bloomkamp terá tempo de entrar no projecto a tempo de liderar o processo de casting, que segundo Jackson ainda não começou, apesar de tudo os rumores.
Depois de The Notebook, a actriz Rachel McAdams volta aos melodramas românticos que Hollywood tanto gosta de publicitar com mais uma narrativa de um amor que ultrapassa todas as barreiras da vida.
The Vow centra-se na relação entre um jovem casal, recém-casado, a viver no Novo México. Um acidente de carro provoca na jovem mulher um estado de amnésia extremo em que qualquer recordação do seu marido e da história de amor que os fez começar tudo do zero longe de casa pura e simplesmente desapareceu. A custo, ele terá de fazer com que ela se lembre dos momentos que passaram juntos para que a história de amor não conheça um final amargo.
Junto à bela actriz está a jovem promessa masculina Channing Tatum num filme dirigido por Michael Sucsy com data de estreia prevista para 2012.
Depois do sucesso no circuito indie com Control, o "fotógrafo feito realizador" Anton Corbjin decidiu entrar no universo dos thrillers de espionagem. Contratou George Clooney - cada vez a tentar abandonar o papel de "good-boy" com curiosos tour-de-forces, e apostou forte no poster principal do filme. Um verdadeiro regresso às origens.
The American centra-se na história de Jack, um assassino profissional sem tecto e lar, habituado a sobreviver nas mais extremas circunstâncias.
Até ao ponto em que decide deixar o tenso mundo do crime profissional, investindo as suas poupanças numa tranquila villa italiana. Ai contrai amizade com o pároco local, à medida que se deixa apaixonar por uma das belezas das redondezas. Até que a morte, a sua inseparável companheira de anos, decide fazer-lhe uma visita, e deixa a sua vida de pernas para o ar.
Ao veterano actor juntam-se no elenco Thekla Reuten, Paolo Bonacelli e Violante Placido. O filme estreia em Setembro, com tempo de passar por Veneza e Toronto, e a campanha de marketing à volta deste thriller de suspense a lembrar o clássico Scorpio já está em marcha. Vale a pena olhar para o poster principal do filme, a copiar o estilo aplicado por Alfred Hitchock na sua etapa norte-americana. Um regresso às origens clássicas de Hollywood com uma história fascinante do primeiro ao último frame.
Começam a surgir as primeiras imagens oficias de um dos remakes mais esperados do ano em Hollywood. Trata-se de The Tourist, versão livre do genial filme de suspense francês Anthonny Zimmer, protagonizado por Sophie Marceau e Yvan Attal.
Desta feita os protagonistas são parte da nata real de Hollywood e apesar do director ser europeu, o consagrado alemão Florian Henckel von Donnersmarck (autor do oscarizado The Lives of Others), a história é tipicamente americana. Uma agente da Interpol destacada em Veneza procura um celebre criminoso com quem já teve uma relação amorosa no passado. Pelo caminho cruza-se com um inocente turista americano que começa a ser perseguido pela policia, que acha que ele é o elo de ligação com o misterioso procurado. A pouco e pouco, agente e turista apaixonam-se loucamente até terminarem a sua exótica aventura num final vertiginoso e surpreendente.
O filme original, dirigido pelo francês Jerome Salle, foi um dos grandes achados do cinema europeu em 2005, com a Cote D´Azur como pano de fundo e com Marceau num dos seus melhores papeis. A versão americana promete mais acção, conta com o chamariz de Depp e Jolie e um realizador respeitado. As semelhanças terminam aí. Basta ver a primeira foto oficial do projecto para perceber que este The Tourist terá vida própria.
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