Desde o esmagador sucesso de Amadeus que nenhuma produção norte-americana centrada em nomes fundamentais da música clássica voltou a conhecer o sabor do sucesso. Talvez por isso o projecto Vivaldi tenha recebido menos destaque do que seria de supor de um filme que explora a vida de um dos compositores mais importantes da história da música.
Boris Damast, até agora submergido no meio televisivo, será o director de Vivaldi, inspirado na vida e obra do músico e padre italiano.
No elenco do projecto estão confirmados Max Irons (filho de Jeremy Irons e protagonista de Red Riding Hood) e também Claire Foy (Season of the Witch), duas das grandes promessas adolescentes de Hollywood. Também no elenco estão confirmados os nomes Jacqueline Bisset, Neve Campbel, Elle Fanning, Alfred Molina e o britânico Tom Wilkinson.
O filme será rodado em Setembro no norte de Itália e centro da Europa e centra-se no complexo projecto do músico em formar uma banda composta exclusivamente por filhas de cortesãs afastadas do meio da corte como preço das suas relações com alguns dos homens mais influentes das repúblicas italianas do século XVII.
Desde que Peter Jackson anunciou o seu regresso á Terra Média que os rumores sobre que actores da saga original de Lord of the Rings iriam segui-lo na sua prequela. Entre os nomes mais sonantes estava, claro, o de Orlando Bloom.
Praticamente desconhecido á estreia do filme que inaugurou a trilogia original, o actor britânico desde então tornou-se numa das estrelas mais requisitadas de Hollywood. Mas mesmo assim Orlando Bloom não quis faltar á chamada e voltará á Nova Zelândia para rodar The Hobbit como Legolas, o elfo com uma abilidade sobrenatural para o uso do arco.
Bloom junta-se assim a Christopher Lee, Andy Serkis, Ian McKellan, Cate Blanchett e Hugo Weaving, actores que marcaram presença nos filmes originais e que regressam agora para juntar-se a Martin Freeman e companhia neste diptico que estreará no Natal de 2012 se as datas de produção se cumprem.
Terrence Malick, o cineasta que vive na penumbra, foi o grande vencedor da edição 2010 do Festival de Cannes.
Ausente, como nele é habitual, foi um fantasma que rodeou todo o certame desde que o seu The Tree of Life foi exibido no inicio da semana perante o espanto e cepticismo de grande parte da plateia. Um filme que muitos comparam a 2001, pela sua mensagem existencialista (e pela ausência de uma conclusão perceptivel) e que conquistou o juri liderado por Robert de Niro. Protagonizado por Brad Pitt, Sean Penn e um dinossauro, The Tree of Life é isso mesmo, um filme que viaja desde o passado mais remoto do planeta Terra até à vida da América presente num tom tão poético e bucólico como o seu Days of Heaven, filme que lhe granjeou a fama de autor inacessível e inimitável no final da década de 70.
Contra qualquer prognóstico (muitos antecipavam a esperada coroação de Pedro Almodovar, que de novo sai de Cannes de mãos vazias), o filme de Malick foi o súbtil suficiente para não provocar rejeição e isso, num festival, é meio caminho andado para a vitória. Que o diga Lars von Trier, personan non grata por parte de um Festival que sempre o teve em alta estima, e que perdeu com as suas declarações uma boa possibilidade de levar a Palma de Ouro para casa. Quem saiu beneficiada com o polémico filme do dinamarquês foi a norte-americana Kirsten Dunst, vencedora do prémio de Melhor Actriz pela sua performance como noiva depressiva nesse Melancholia a roçar o fim dos tempos. Vencedor do prémio de Melhor Actor, o francês Jean Dujardin, foi o espelho desse outro lado do festival, a consagração do local e alternativo. Um papel mudo na sua essência e sentido que serviu igualmente para consagrar o sucesso critico de The Artist do gaulês Michel Hazanavicus.
Por Cannes também passaram os prémios dos irmãos Dardenne (com o seu Le Gamin au Vello) ex-aqueo com o turco Once Upon a Time in Anatolia na categoria tão cobiçada do prémio especial do Juri, e do dinamarquês Nicolas Winding Refn, e o seu Drive com um Ryan Gosling superlativo. Sem a grande figura individual para receber o galardão mais cobiçado do circuito de festivais a festa terminou com a mesma acalmia com que se desenrolou e agora as celebridades preparam-se para um longo descanso até viajar a Veneza, com os milhões americanos do Verão a servir de palmeira à consagração dos mais insuspeitos dos autores.
David Fincher cimentou as bases da sua carreira com Se7en. Mas o estatuto de culto deve-o, sobretudo, a Fight Club. A adaptação da obra homónima de Chuck Palahniuk não é tão completa cinematograficamente mas a mensagem de rebelião social tocou verdadeiramente as bases do meio underground que reconheceu a coragem do cineasta em mergulhar no olhar perdido e esquizofrénico de um tal Tyler Durden.
Fight Club agarra o espectador pelo pescoço e mantem-no no ar durante duas horas.
Quando o deixa cair, mais por fastio do que por falta de forças, a queda é profundamente dolorosa. Masoquisticamente, queremos mais. Como os membros do Fight Club, cair desta forma transforma-se numa liberação individual. Um arrancar de espartilhos, um grito no silêncio congénito e diário da sociedade urbana contemporânea. O desafio de Tyler Durden a si mesmo, a todos, é o desafio de como romper uma rotina social que esconde os verdadeiros instintos humanos, molda-os e encaixota-os sem qualquer piedade. Num universo onde a vida vale pouco, a morte é magnificada e as obrigações sociais se tornam mais importantes do que os valores pessoais, Fight Club não oferece a outra face. Pelo contrário, toma a iniciativa de dar o primeiro golpe.
Fincher entendeu-o melhor do que ninguém. Porque ele também sempre caminho do outro lado, porque ele sempre também quis colocar em cheque esses valores sociais que transformaram o mundo contemporâneo num longo e interminável videojogo. Se em The Game havia um profundo masoquismo humano contra o fausto e a opulência, contra o dinheiro e o comodismo social, em Se7en eram os próprios valores humanos que eram colocados em cheque, levando a um limbo nunca visto os conceitos de “certo” e “errado”.
Para Fight Club funcionar cinematograficamente era necessário ter um cineasta com a sensibilidade de Fincher.
Mas também um leque de actores que fosse, eles mesmos, o desafio soberano ao status quo social. E quem melhor para representar os dois lados da moeda, os dois lados do espelho, que o vulgar Norton e o divino Pitt. Nada poderia ser mais distante do que o olhar contido e reflexivo de Edward Norton, esse imenso actor que em 1999 atingiu o seu pico demasiado cedo (foi o ano também de American History X) e o corpo desenhado com o pincel de Miguel Angelo e o riso desafiante da suprema auto-confiança de Brad Pitt. Houve poucos cineastas que acreditaram tanto num actor como David Fincher acreditou em Brad Pitt. Lançou-o, definitivamente, com Se7en. Confirmou-o, absolutamente, com Fight Club quando o estúdio tinha todas as fichas em cima do nome de Russell Crowe. Aos 36 anos o actor que Hollywood nunca soube encasilhar – e portanto, nunca se incomodou a recompensar – ofereceu o seu papel mais intenso e cru, o papel mais “pittiano” da sua excelente filmografia. Ele não é o esquizofrénico Tyler Durden mas é o espelho em que qualquer esquizofrénico gostaria de ver-se reflectido. É o desafio ao mundo da mesma forma que Norton, o homem que não pode dormir sem entender o sofrimento alheio, é o desafiado que eternamente se desvia do golpe. Entre os dois – porque o filme, apesar do resto, (e nesse resto há a melhor Bonham-Carter desde The Wings of the Dove), é dos dois e só dos dois – o sistema é colocado em cheque. Não se trata da revolta dos necessitados, dos esfomeados, dos pobres. É a revolta dos que já estão a viver o sistema por dentro, que o conhecem à perfeição e que, portanto, entendem as suas falhas, e que têm outro tipo de fome. É a revolta da rejeição, a esquizofrenia de um mundo de corporações, marcas e anuncios.
Fincher explicou-o perfeitamente quando resumiu o filme ao dilema do caçador moderno, aquilo para que geneticamente fomos preparados durante séculos, que hoje se encontra com tudo servido em bandeja e não sabe onde canalizar as suas necessidades mais básicas e primárias. Mas Fight Club vai mais além disso, mais além desse regresso às origens.
Vai, também, ao próprio conflito do eu. Da forma como o Homem se vê a si mesmo no mundo, cercado por esteriótipos e conceitos vendidos e reciclados vezes sem conta. Norton vê em Pitt tudo aquilo que os homens vêm no espelho quando se querem sentir bem. A confiança, a atitude, o corpo, a coragem, o espirito de iniciativa, tudo aquilo que os gregos já enunciavam, há milhares de anos, como a base de qualquer icone humano. O Homem de hoje (e a mulher, até em maior medida) é forçado a olhar para o espelho e negar a realidade, a procurar o escape nessa imagem ficticia e esquizofrénica de rebelião interna. Para se manter em ordem, na linha, na cadeia de montagem, sem reclamar, sem rebelar-se. É nesse aspecto que Fight Club, com todos os seus torsos nus, toda a sua violência, todo o seu sexo, desafia os status quo. O Homem não quer ser só um caçador. Quer ser um Deus.
Naturalmente Fight Club encontrou um grupo de espectadores céptico e incapaz de assimilar todo o processo desconstructivo e lunático que pauta o ritmo do filme. Não poderia ser de outra forma, senão estariamos diante de um processo falhado. Curiosamente foi a sociedade de consumo, através do mercado de dvds, que contribuiu para o estatuto icónico de um filme tão corajoso que só podia ter sido permitido na América pré-11 de Setembro. No fim, se é que há realmente um fim naquele plano delirante e sociopático, a esquizofrenia de Tyler Durden transforma-se também na esquizofrenia do Homem moderno, da sociedade contemporânea. O delirio do espelho partido é apenas o reflexo de uma alma desfeita em mil estilhaços, sem passado e sem futuro e com um presente que lhe vende uma falsa imortalidade.
Enquanto as filmagens arrancam na Nova Zelândia, Peter Jackson continua a adicionar nomes ao elenco do seu regresso à Terra Média.
A última novidade confirmada é a da inclusão do humorista britânico Stephen Fry ao elenco de The Hobbit, no papel de The Master of Laketown.
Fry desempenhou um papel importante na renovação da comédia televisiva inglesa dos anos 80, tendo igualmente trabalhado regularmente nos teatros do West End e em algumas obras chave da filmografia inglesa dos anos 90. Junto a ele estarão igualmente Ryan Rage e Conan Stevens, as últimas adicções confirmadas.
O filme continua a pré-produção da Nova Zelândia e as expectativas dos estudios MGM passam por ter o diptico preparado na próxima Primavera para que o primeiro filme chegue às salas no Natal de 2012.
Depois da Universal ter adiantado que Jeremy Renner retomará o legado de Matt Damon na nova trilogia de Jason Bourne, começam a circular rumores sobre quem acompanhará o actor norte-americano na nova saga.
Rachel Weisz parece ser um deles. A actriz britânica terá já assinado contrato para os próximos filmes onde se espera que encarne o interesse amoroso do jovem operativo da CIA que herda o nome de código de Bourne e acaba por se ver envolto também num esquema de espionagem ilegal organizado por um grupo radical dentro dos serviços secretos norte-americanos.
Dois dos actores mais polémicos da Hollywood actual preparam-se para trabalhar juntos pela primeira vez. Christian Bale e Sean Penn serão os protagonsitas de The Last Photograph, primeiro filme dirigido em Hollywood por Niels Arden Opley, o autor do original The Girl With the Dragon Tattoo.
O filme centra-se na vingança de um soldado norte-americano das forças especiais sobre uma divisão de mujahedins afegã acusada de ter provocado a morte do seu irmão e da sua familia num atentado terrorista em Cabul. Para tal contrata um grupo de mercenários e o único homem que testemunhou o ataca e sobreviveu, um fotógrafo de guerra que pode ser a chave para encontrar os homens por detrás do ataque.
O filme será produzido por Joel Silver e Zack Sneyder e começará a ser rodado a partir de 2012, quando terminem as filmagens de The Dark Knight Rises.
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