A poucos dias do arranque oficial da temporada de cinematográficos nos Estados Unidos, o Cinema analisa os nomes próprios de uma temporada que arranca invariavelmente com o anuncio do National Board of Review e só termina a 27 de Fevereiro com a entrega dos prémios da Academia. Um ano que se espera dividido e equilibrado entre vários titulos que foram conquistando vários seguidores ao longo do Outono nos States. Um ano diferente, sem dúvida.
Imaginar 2010 no futuro passará muito pelos filmes que mais prémios recolham no final do ano. Os vencedores fazem quase sempre a história e o seu impacto nos anuários futuras não deve ser menosprezado. Nem sempre ganham os mais influentes, importantes ou vanguardistas, mas é dificil escapar ao lote de ganhadores que irão passear os seus discursos politicamente correctos pelos palcos dos prémios da imprensa, sindicatos até chegar à passadeira vermelha dos Óscares. Muitos candidatos hoje, a fins de Novembro. Apenas 10 antes da gala arrancar, para prevalecer um filme no fim da noite.
Se no ano passado Hollywood viveu o seu duelo emocional entre o poder do dinheiro e da tecnologia com o monstruoso sucesso de Avatar e o filme de autor para actores e escribas, o coroado The Hurt Locker, este ano tudo parece menos claro. Não há um imenso blockbuster com reais ambições a ser eleito filme do ano porque nem a animação (Toy Story e How to Train Your Dragon), o cinema juvenil (Harry Potter) e a ficção cientifica (Inception) conseguiram ultrapassar a barreira do género que costuma servir como primeiro tampão na corrida aos prémios do ano. Um cenário visto e revisto que abre então as portas a titulos menos milionários e mais abrangentes, quase todos no universo do drama, peça nuclear na evolução cinematográfica norte-americana.
À partida para esta corrida que o Cinema irá analisar na próxima semana estão os filmes já vistos, revistos, criticados e premiados. Os prémios dos festivais podem ser uma ajuda, as palavras elogiosas dos criticos um elemento quase fulcral e a percepção do público um elemento nuclear. A partir daqui tudo pode suceder. Dentro desta equação só uma dúvida persiste, o regresso dos irmãos Coen com o remake de True Grit, o filme que deu o Óscar de Melhor Actor de John Wayne. Hollywood nem é muito amiga de westerns, nem dos Coen (foi preciso esperar 23 anos até à sua coroação definitiva) e Jeff Bridges ganhou (finalmente) há pouco tempo. E tudo isso conta nestes jogos em que se tornaram os prémios cinematográficos da indústria e critica norte-americana.
Com essa interrogação no ar (apesar da esmagadora maioria dos criticos continue a apostar no filme dos Coen como uma certeza absoluta) resta analisar as cartas que já estão, efectivamente na mesa. The King´s Speech, The Social Network e 127 Hours partem na pole-position, cada qual com as suas armas. O primeiro, drama britânico com classe e interpretações de primeiro nível, é o producto oscarizável por excelência. Da obra de Fincher destaca-se o argumento de Sorkin e a frescura narrativa de um autor que costuma preferir o risco à certeza. E o murro no estomago que significa o regresso do já ungido Danny Boyle acenta, sobretudo, na coragem interpretativa de um surpreendente James Franco.
Três filmes que darão que falar, certamente, mas que não resumem o ano, nem de longe nem de perto.
Veremos a importância de Scorsese (Shutter Island), Eastwood (Hereafter), Weir (The Way Back), Affleck (The Town), ArOnofsky (Black Swan), Leigh (Another Year) e de um duo de mulheres que dará que falar (Lisa Chodolenko e Debra Granik) depois do ano histórico que significou o quebrar de uma barreira na corrida aos Óscares. Nomes próprios de autores e obras a que há que juntar o leque imenso de actores, argumentistas e técnicos por detrás das obras mais marcantes do ano.
A viagem começa hoje!
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