Nos últimos cinco anos George Clooney passeou por Veneza quatro vezes para promocionar os seus novos filmes. Em todas elas recebeu a respectiva ovação. O actor norte-americano sente-se em casa em Itália e mais ainda no certamente veneziano que o consagrou como realizador com Good Night and Good Luck. e que sempre valorizou o seu trabalho como actor, de Michael Clayton a The American passando por Up in the Air.
Normal portanto que o seu regresso à direcção depois do malogrado She´s the Catch se desse em território dos Doge. E o sucesso estava garantido.
A critica e o público receberam The Ides of March com entusiasmo genuino.
Um regresso de Clooney à sua dimensão mais politicamente activa, herança natural do cinema de Pakula e Lumet, num filme que segue a carreira de um governador disposto a tudo para transformar-se em Presidente dos Estados Unidos. Uma análise cinica e seca do sistema politico americano com um Clooney superlativo secundado por Ryan Gosling, Philip Seymour-Hoffman, Paul Giamatti, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood, Jeffrey Wright e Ryan Philiphe, uma equipa de alto standing preparada para fazer brilhar (ainda mais) o papel central de Clooney na obra que o relança como uma das máximas figuras do cinema norte-americano dos últimos anos.
O filme que já se colocou na linha da frente para a próxima edição dos Óscares abriu o certame que vai ter lugar na capital do Adriático na próxima semana e meia.
No alinhamento do festival estão ainda A Dangerous Method, o regresso da dupla Cronenberg-Mortensen com uma viagem aos dias inaugurais da psicanálise, com uma história de amor intensa a intrometer-se na relação entre Freud e Jung (Fassbender e Knightley completam o elenco), Shame (de Steven McQueen), o antecipado Tinker, Taylor, Soldier, Spy (remake do assombroso The Spy Who Came from the Cold), uma nova versão de Wuthering Heights, o regresso de Roman Polanski com Carnage (com Kate Winslet e Jodie Foster frente a frente), o hipotético último filme de Steven Soderbergh Contagion (com Damon, Cottilard e outras estrelas supremas de Hollywood) ou Killer Joe, enésima tentativa de William Friedkin de revitalizar a sua carreira internacional.
A 68º edição do festival dirigido este ano, pela última vez, pelo suiço Marco Mueller, termina a 10 de Setembro com a entrega do Leão de Ouro como momento alto.
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