Desempenhos fortíssimos. Actores conceituados. Veteranos à espera da consagração. Um comeback e dois meninos bonitos à procura de serem (finalmente) levados a sério. Uma vez mais o Óscar de Melhor Actor afirma-se como uma das competições mais apaixonantes do ano.
Sean Penn é, a par de Russell Crowe e Denzel Washington, o mais espantoso actor da sua geração. Capaz de transformações assombrosas, o polémico actor voltou a arriscar e a ganhar ao dar vida a Harvey Milk, o primeiro presidente de câmara homossexual, que se tornou num ícone do movimento gay. A sua morte fez dele uma lenda no meio homossexual e o desempenho de Penn transformou-o numa das personagens cinematográficas do ano. Milk é neste momento um dos alvos a abater e a nomeação de Penn um dado seguro. A sua segunda estatueta pode muito bem estar a caminho.
Vencedor em Veneza, aclamado um pouco por todo o lado, Mickey Rourke conseguiu o inesperado: voltar em estilo. Depois de ter sido o enfant-terrible dos anos 80, o actor que já tinha assinado o seu regresso em Sin City, transforma-se e reencarna-se em The Wrestler, filme sobre um boxeaur que desce aos infernos para encontrar de novo a redenção no ring. O american dream versão underdog como Hollywood sempre gostou, em particular quando é representado pelo regresso de um filho pródigo.
É um dos veteranos do cinema norte-americano que sempre passou despercebido, mas que nos últimos anos tem conquistado protagonismo. Depois de Hopkins ter conseguido um Nixon fabuloso no filme homónimo de Stone, agora é Frank Langella que volta a dar vida ao polémico presidente norte-americano em Frost/Nixon. O seu desempenho é um dos principais vectores do filme e a sua nomeação é também já um dado assegurado, sendo que para muitos é mesmo um claro favorito à vitória.
Ao longo dos anos ele foi o Homem Sem Nome e Dirty Harry. Depois tornou-se num realizador com um sentido estético e emocional fora do vulgar. Mas o seu lado de actor sempre esteve aí. Está claro que Clint Eastwood como actor não está ao mesmo nível de Clint Eastwood como cineasta. Mas mesmo assim ele consegue interpretar os seus próprios filmes com uma fortíssima sensibilidade. Passou já com Unforgiven, passou com Million Dollar Baby, e quem já pode ver Gran Torino assegura que o fenómeno repete-se. Pode ser a ultima oportunidade de consagrar um ícone do cinema norte-americano contemporâneo, mas o facto do filme estrear tão tarde pode jogar contra ele.
O último lugar é alvo de cobiça por parte de uma mão cheia de actores sem um claro concorrente principal. Mas esta pode ser bem a oportunidade de consagração de um actor de grande talento que sempre se viu relegado para segundo plano pela sua fama. Brad Pitt tem uma filmografia de respeito e um talento evidente. Mas nunca conseguiu transportar isso para a dimensão onde muitos julgariam que o iam encontrar há quinze anos atrás. A sua transformação em The Curious Case of Benjamin Button pode valer-lhe finalmente a nomeação que há tempo tempo procura.
ALTERNATIVAS
Richard Jenkins parece ter desaparecido no meio de tantos nomes, mas ele continua a ser um dos actores mais admirados e populares no seu meio. E como para o Óscar de Melhor Actor votam os actores, ficamos à espera de ver o que o SAG tem a dizer. O provável é que ele seja dos poucos capazes de destronar os favoritos graças ao seu desempenho em The Visitor.
Para muitos seria uma surpresa. Para quem acredita que Slumdog Millionaire é o favorito, nem tanto. Dev Patel é jovem, indiano e desconhecido. Mas pode muito bem ser o rosto de um dos filmes do ano e nestas coisas de prémios isso conta e muito. Resta saber se num ano tão bom é capaz de convencer os exigentes membros a darem-lhe um lugar na primeira fila da cerimónia.
Venceu Cannes e é um dos actores mais respeitados no meio. Mas a longa duração de Che e os problemas de distribuição jogam claramente contra ele. No entanto Benicio del Toro pode ser a surpresa que muitos já acreditam que simplesmente não vai acontecer.
Leonardo di Caprio é dos mais talentosos actores da actualidade e tem-no vindo a demonstrar ano após ano. No entanto a perda de força de Revolutionary Road pode ter ditado o fim de mais uma nomeação ao Óscar, ele que continua à procura da consagração de uma carreira que, parecendo que não, já tem quinze anos e muitos grandes papeis pelo meio.
É um dos grandes veteranos num ano onde os veteranos contam. É o provável ganhador do Globo de Ouro e isso importa. O seu papel em Last Chance Harvey foi aplaudido de pé pela critica como um regresso em cheio. Dustin Hoffman já tem dois Óscares e sabe bem o que é ganhar e perder. Ser nomeado poderia surpreender os mais divertidos. Mas pode acontecer.
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