Regressa Martin Scorsese e de novo com Leonardo Di Caprio. Só isso é suficiente para dar a garantia de que o novo filme de uma das duplas mais dinâmicas da década vale a pena. Mas Shutter Island é mais do que isso. Um exercicio hábil e labirintico com um verdadeiro tour de force que surpreende a cada segundo que passa. É, inequivocamente, um dos filmes do ano.
Ted Daniels é um US Marshall enviado para investigar o curioso desaparecimento de uma mulher, detida numa instituição psiquiatrica na isolada Shutter Island. Ao seu lado um parceiro com quem nunca trabalhou e um desafio repleto de encruzilhadas. A ilha está repleta de armadilhas que Daniels terá de saber descortinar se não quer correr o risco de também ele se perder para sempre.
Com um notável trabalho técnico - em particular a brutal banda sonora - Scorsese molda a sua excelente troupe de actores - para além do genial Di Caprio há ainda Ben Kingsley, Mark Ruffalo, Patricia Clarkson, Michelle Williams e Max von Sydow - num ambiente claustrofóbico e assustador onde nada é, realmente, o que parece. O filme tem ainda o mérito de marcar a melhor estreia nas bilheteiras na carreira do cineasta e um dos melhores registos do actor.
Shutter Island esteve para estrear em Novembro, no calor da temporada dos prémios de final de ano. A productora decidiu adiar para Fevereiro a estreia do filme contra a vontade de Scorsese. Afinal há neste seu regresso ao cinema noir matéria-prima para ombrear com qualquer um dos grandes títulos de 2009. Shutter Island é uma autêntica obra-prima do primeiro ao último frame. Até ao último frame.
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