Renascido das cinzas!
Recuperado quando todos o davam como perdido. Mickey Rourke marcou o comeback de 2008. Conquistou uma dezena de prémios, recuperou o prestígio perdido e ajudou a fazer deste filme quase em tom de documentário, um dos filmes mais falados de 2008.
Dirigido por Darren Aronofsky, The Wrestler conta a história de um lutador de wrestling acabado. Acabado pela idade, pelo pacemaker que tem no coração, e pela vida. Nos tempos livres, entre uns biscates aqui e ali para poder pagar a roullote onde vive, Randy passa as noites num bar de strip onde se torna amigo de uma striper, também ela de meia-idade à procura de algum jovem ansioso de ver uma mulher comida pela idade, e não uma jovem espampanante, pronta a roubar-lhe o lugar.
É esta ópera de vencidos da vida, de perdidos dos subúrbios, desse lado roto da América, que Aronofsky monta um regresso inesperado e que torna o projecto ainda mais interessante, não fosse o facto de Rourke ter abandonado o cinema para mergulhar nos ringues, prometendo um regresso para breve. Resta saber o que espera o actor que chegou a ser uma das grandes promessas dos anos 80 para se tornar num caso perdido a ponto da ressurreição.
E isso também é a magia do cinema!
Esta semana estreiam igualmente:
The Spirit conseguiu a proeza de se transformar num dos grandes flops do ano. Chega a Portugal já com algumas semanas de atraso e completamente massacrado pela crítica e pela fraca afluência de público. Para os amantes do género, The Spirit não é Sin City, apesar de Frank Miller decidir aqui avançar sozinho na realização. O elenco vive de Scarlett Johansson e Eva Mendes e pouco mais. Um filme que dificilmente passará à história e que estreia para aproveitar o filão que o género desperta.
Bella conta a história de um ex-jogador de futebol mexicano que é forçado pela circunstância da vida a tornar-se em cozinheiro. Num hotel de Nova Iorque conhece a mulher que vai mudar por completo a sua vida. A direcção é do mexicano Alejandro Gomez Monteverde e Eduardo Verastegui e Tammy Blanchard repartem as honras como protagonistas.
Bedtime Stories volta a colocar Adam Sandler no meio onde se sente melhor: a comédia non-sense. O actor norte-americano lidera um elenco cheio de nomes sonantes (Courtney Cox, Guy Pearce, Keri Russell, …) num filme onde o irreal e o real se misturam de forma a concretizar o sonho de um jovem a quem lhe tinham prometido a gerência de um luxuoso hotel. A direcção é de Adam Shankman.
