O Cinema.
A “arte em movimento”. Mas também a indústria do entretenimento por excelência. O fenómeno cultural mais marcante do século XX. Fábrica de sonhos. De estrelas. De vilões. Génese da pop-art. Expressão artistica máxima. A sétima de todas as artes. A súmula perfeita.
“O que é o Cinema?” é uma pergunta sem resposta. Ou melhor, uma pergunta com muitas respostas possíveis. Nenhuma falsa, nenhuma totalmente verdadeira. O Cinema é provavelmente o fenómeno social mais complexo dos últimos 150 anos. Começou por uma série de experimentos cientificos, numa era (finais do século XIX) onde a ciência florescia. Rapidamente se tornou em actividade lúdica para o entretenimento das massas na já capitalizada sociedade do século XX. Assumiu-se como a 7 Arte, a fusão de todas numa só, primeiro na Europa e mais tarde no Mundo. E tornou-se na mais poderosa indústria do entretenimento graças a um grupo de estúdios de Hollywood.
Para uns puro entretenimento. Para outros arte no seu estado mais genuíno. Para (ainda) alguns poucos, uma das lanças do progesso tecnológico. Para a sociedade em geral, criador de mitos e icones. E para muitos, uma óptima forma de fazer fortuna. E no meio de tanta definição, de tanta confusão, existe a base. O Filme. O filho de todos os pais. A ideia que ganha forma física no negativo. Para eternizar um sonho. O Filme é o objectivo final do Cinema. Dos seus interpretes (actores, director, guionistas, tecnicos,…). Dos seus financiadores. Dos seus criticos. Do seu público. O Filme é o cinema, mas o Cinema há muito que se tornou num mundo onde o Filme ficou relegado para um longínquo segundo plano.
Aqui, como o título já o indica, vai-se falar sobre Cinema. Mas, acima de tudo, sobre o Filme. Haverá espaço (e tempo) para tudo. Haverá as novidades do meio artístico e do meio industrial. As tendências e as evoluções tecnológicas. As estrelas e os heróis e vilões do passado e do presente. Mas acima de tudo, haverá Filmes. Antigos, recentes, por estrear, por imaginar…
Como tudo (especialmente na área da arte e do espectáculo), a subjectividade supera sempre a objectividade. É a ordem natural da vida. E por isso, o Cinema, será subjectivo quando tenha de o ser, e objectivo sempre que o possa. Haverá “criticas” como haverá “noticias”. E haverá “opinião”. Um triângulo de ideias que tomará as coordenadas para establecer rumo a esta aventura, para a qual estão todos, amantes de Cinema, convidados.
Uma viagem pessoal mas sempre com muita paixão e devoção. Pelo Filme. Pelo Cinema…
Miguel Lourenço Pereira