Desde Amores Perros que o cineasta mexicano Alejandro Gonzalez Iñarritu procura incessantemente surpreender com um dos seus habituais dramas de corte humano onde os sentimentos e pedaços escuros da alma estão sempre à flor da pele. Não estranha portanto que o sucessor do doloroso Biutiful seja a adaptação do intenso The Revenant, uma história de ódio, traição e vingança ao bom estilo americano.
A narrativa centra-se na figura icónica de Hugo Glass, um desses heróis da Conquista do Oeste, que lidera uma batida à medida que se adentra pelas terras que rodeiam o rio Missouri. Durante uma das expedições, Glass é ferido por um urso e abandonado pela maioria da expedição à sua sorte. Dois homens ficam com ele, depois de Glass lhes prometer ouro se o levarem de volta a casa, mas estes são os mesmos que durante a calada da noite o roubam e deixam à sua mercê. Contra todas as expectativas o explorador sobrevive. E dedica o resto dos seus dias à procura dos homens que o abandonaram à morte sem piedade.
Para o principal papel o cineasta mexicano, que já trabalhou com Brad Pitt, Javier Bardem, Gael Garcia Bernal e Benicio del Toro procura convencer Leonardo di Caprio a vestir-se na pele de um explorador que resume o ideário mitológico dessa América pretérita e quase esquecida. Como sua nemésis um velho conhecido, Sean Penn, que já brilhou com Iñarritu no inesquecível 21 Grams.
As filmagens só arrancam quando a dupla de actores termine com os projectos pendente, o que só será possível depois do Verão de 2012.
Depois de Sam Mendes confirmar finalmente que vai dirigir o terceiro filme da era Craig na saga 007, os productores de On Chesil Beach confirmaram Mike Newell como novo director do projecto.
O filme adapta - pela caneta do próprio Ian McEwan - uma das principais obras da longa lista de sucessos literários do autor britânico. Situada nos arranques dos anos 60, antes do amor livre e da revolução sexual, a narrativa centra-se na noite de núpcias de um jovem casal, ainda virgem, à procura da sua verdadeira identidade sexual. Entre os preconceitos da Inglaterra vitoriana e os sonhos inconfessáveis de ambos elabora-se uma disputa dialéctica que ameaça colocar um ponto final a algo que só agora começou.
On Chesil Beach será rodado no sul de Inglaterra a partir de Fevereiro e ainda não tem elenco definido, esperando-se novidades para as próximas semanas.
É reconhecida a (rara) história de amizade que une Ben Affleck e Matt Damon desde a mais tenra idade e que os levou a tornarem-se num dos maiores fenómenos de precocidade de Hollywood. Depois do Óscar em 1997, pelo argumento de Good Will Hunting, a dupla prometeu que voltaria algum dia a trabalhar lado a lado. A oportunidade parece ter chegado.
Depois do sucesso de The Town a Warner Bros convidou Ben Affleck para dirigir um dos seus mais ambiciosos projectos para os próximos anos, um filme sobre um dos anti-heróis mais celebres de Boston, a cidade natal da dupla. O filme que será dirigido por Affleck (que também aparecerá do outro lado da camâra), protagonizado por Damon e co-produzido por ambos centra-se na história de vida de Whitey Bulger, o homem que até há meio ano era o segundo homem mais procurado do mundo pelo FBI.
Criminoso desde jovem, Bulger tornou-se numa especie de anjo da caridade dos mais desfavorecidos em Boston enquanto trabalhava como denunciante para o FBI. Essa relação permitia-lhe gerir uma pequena organização mafiosa local que se prolongou durante três décadas até que o FBI decidiu que era hora de deter o homem que tanto os tinha ajudado na luta contra as grandes familias irlandesas e italianas locais. Desde 1994 que Bulger andava desaparecido tendo sido detido no passado Verão. Com 81 anos de idade!
O filme contará com guião escrito por Terence Winter (e, supõe-se, algo de dedo da dupla maravilha de Boston) e no elenco aparece igualmente confirmado Casey Affleck, irmão mais novo de Ben, sendo de esperar que ao longo do próximo ano se vão juntando caras conhecidas da Pearl Street Films, productora criada pelos amigos nos anos 90.
A WB pretende estrear o filme em 2013 e o projecto pode antecipar-se à tão falada estreia como director de Damon, The Trade, uma comédia dramática sobre dois célebres jogadores de baseball dos New York Giants, acusados de swing, que continua a sofrer com a pouca vontade dos protagonistas em colaborarem com a dupla na elaboração do guião.
Depois do sucesso de Shame no circuito de festivais, o britânico Steve McQueen confirmou o seu estatuto de enfant-terrible do cinema europeu. O seu próximo projecto, Twelve Years a Slave, automaticamente passou de projecto desconhecido a mina de ouro. E um dos milionários de Hollywood decidiu juntar-se à ideia.
Brad Pitt anunciou que a sua productora Plan B será responsável por produzir o novo filme do cineasta, a rodar no próximo ano no Louisiana, e garantir os contratos de distribuição dos dois lados do Oceano. Ao mesmo tempo o actor, que este ano é tido já como um dos mais sérios candidatos a um Óscar que nunca ganhou pelo seu papel em Moneyball, decidiu que também será co-protagonista do filme inspirado na obra de Solomon Northrup.
A história de Twelve Years a Slave centra-se na experiência um escravo negro, o próprio autor, raptado em 1841 por milicianos a soldo de uma fazenda no sul do Louisiana e transformado em escravo durante uma dúzia de anos até à sua eventual libertação em 1853. O filme será protagonizado por Chiwetel Ejiofor e no elenco aparece igualmente, num papel ainda por confirmar, o habitual parceiro de McQuenn, o britânico Michael Fassbender.
A estreia do filme deverá acontecer na Primavera de 2013.
Depois do esmagador sucesso na Broadway a adaptação musical da obra máxima de Victor Hugo, o épico Les Miserables, vai ser adaptada ao grande ecrã no próximo ano. Um projecto dirigido por Tom Hooper, autor do oscarizado The King´s Speech, e produzido pela Universal.
No elenco do filme estavam já confirmados os nomes do australiano Hugh Jackman, que dará corpo e voz ao ex-presidiário Valjean) e Helena Bonham-Carter a Madame Thenardier, um dos rostos mais negros da literatura francesa do século XX.
Agora é Russell Crowe o senhor que se segue. O actor, que também é músico ocasional na sua Austrália natal, assinou com a productora para interpretar o papel de Javert, o inspector policial que se transforma na sombra e nemésis de Valjean ao longo de toda a obra, o homem que assiste, sadicamente, à degradante realidade dos miseráveis parisinos.
O filme será produzido no próximo Verão e o estúdio pretende estreá-lo no Natal de 2012 para chegar a tempo do sprint final rumo aos Óscares da Academia.
A Academia de Hollywood confirmou que Eddie Murphy será o anfitrião da próxima gala dos Óscares.
O comediante norte-americano é o terceiro negro a apresentar a gala (depois de Whoopi Goldberg e Chris Rock há uma década atrás) e não deixa de ser uma decisão conservadora, voltando ao modelo do apresentador individual de origem cómica depois da má prestação da dupla James Franco e Anne Hathaway na gala deste ano.
Murphy consagrou-se no final dos anos 80 como uma das grandes estrelas mediáticas de Hollywood, o primeiro actor negro a ser pago ao nivel das principais estrelas de Los Angeles, mas com o final dos anos 90 começou a estrepitosa queda de uma carreira que nunca mais foi a mesma. Em 2007 o actor esteve perto de um inesperado regresso à ribalta mas acabou por perder o Óscar de Melhor Actor Secundário para o veterano Alan Arkin depois da sua performance no musical Dreamgirls.
O actor não era o favorito nas apostas (Ben Stiller era o nome mais comentado) e não é sequer uma decisão consensual (há muito que Hollywood perdeu o respeito por Murhphy) mas acaba por ser uma decisão estudada por parte da Academia que assim mantém a sua politica de agradar a distintos públicos.
A gala dos Óscares 2011 terá lugar no Kodak Theather a 26 de Fevereiro do próximo ano.
Nos últimos cinco anos George Clooney passeou por Veneza quatro vezes para promocionar os seus novos filmes. Em todas elas recebeu a respectiva ovação. O actor norte-americano sente-se em casa em Itália e mais ainda no certamente veneziano que o consagrou como realizador com Good Night and Good Luck. e que sempre valorizou o seu trabalho como actor, de Michael Clayton a The American passando por Up in the Air.
Normal portanto que o seu regresso à direcção depois do malogrado She´s the Catch se desse em território dos Doge. E o sucesso estava garantido.
A critica e o público receberam The Ides of March com entusiasmo genuino.
Um regresso de Clooney à sua dimensão mais politicamente activa, herança natural do cinema de Pakula e Lumet, num filme que segue a carreira de um governador disposto a tudo para transformar-se em Presidente dos Estados Unidos. Uma análise cinica e seca do sistema politico americano com um Clooney superlativo secundado por Ryan Gosling, Philip Seymour-Hoffman, Paul Giamatti, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood, Jeffrey Wright e Ryan Philiphe, uma equipa de alto standing preparada para fazer brilhar (ainda mais) o papel central de Clooney na obra que o relança como uma das máximas figuras do cinema norte-americano dos últimos anos.
O filme que já se colocou na linha da frente para a próxima edição dos Óscares abriu o certame que vai ter lugar na capital do Adriático na próxima semana e meia.
No alinhamento do festival estão ainda A Dangerous Method, o regresso da dupla Cronenberg-Mortensen com uma viagem aos dias inaugurais da psicanálise, com uma história de amor intensa a intrometer-se na relação entre Freud e Jung (Fassbender e Knightley completam o elenco), Shame (de Steven McQueen), o antecipado Tinker, Taylor, Soldier, Spy (remake do assombroso The Spy Who Came from the Cold), uma nova versão de Wuthering Heights, o regresso de Roman Polanski com Carnage (com Kate Winslet e Jodie Foster frente a frente), o hipotético último filme de Steven Soderbergh Contagion (com Damon, Cottilard e outras estrelas supremas de Hollywood) ou Killer Joe, enésima tentativa de William Friedkin de revitalizar a sua carreira internacional.
A 68º edição do festival dirigido este ano, pela última vez, pelo suiço Marco Mueller, termina a 10 de Setembro com a entrega do Leão de Ouro como momento alto.
Durante 15 anos o cineasta francês Luc Besson fez de tudo para conseguir retomar o tema de um dos seus maiores sucessos internacionais, Leon, the Profesional. Durante 15 anos o seu projecto foi sendo adiado por mil e um motivos. Com o titulo de trabalho Mathilda, a ideia de Besson era de seguir a personagem interpretada por uma Natalie Portman em versão adolescente, na sua vingança contra os homens que estavam por detrás da morte da sua família.
Mas Portman nunca se mostrou interessada, o dinheiro da productora Gaumont nunca chegou e a ideia ficou no limbo. Até agora.
Colombiana, a estrear ainda este ano, é a sequela não oficial do filme protagonizado pela dupla Jean Reno e Gary Oldman. Não está dirigido por Besson (este é apenas o autor do argumento e co-productor) e sim por Olivier Megaton, director de Transporter 3, e retoma a ideia da vendetta de uma adolescente transformada numa máquina de matar mas bem longe da premissa do filme original. Desta feita a protagonista, Cataleya, interpretada por Zoe Saldana, é uma jovem colombiana que testemunha a morte da sua família às mãos de um cartel de droga. Decide então vingar-se e passa a sua adolescência a treinar-se para, um dia, ajustar contas.
No elenco do filme estão também Michael Vartan e Jordi Mollá.
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