Era expectável e só a derrota de Tom Hooper, às mãos do norte-americano David Fincher, tirou sabor à noite de glória de The King´s Speech que tinha a vantagem de jogar em casa. Londres reuniu-se para vitoriar a equipa do filme que marcou a reviravolta da temporada de prémios e que terminou a noite com oito estatuetas na mão.
Vitórias para Melhor Actor (Colin Firth), Actor Secundário (Geoffrey Rush), Actriz Secundária (Bonham-Carter), Argumento Original (Seidler), Banda Sonora (Desplat), Melhor Filme Britânico e o cobiçado prémio ao Melhor Filme do Ano. Confirmando o favoritismo e antecipando a noite dos Óscares, daqui a uma quinzena, o filme perdeu apenas o prémio para Melhor Realizador, uma das três vitórias do seu grande rival na corrida, The Social Network. O filme sobre a ascensão de Mark Zuckerberg ficou-se pelas estatuetas entregues a Fincher (num cenário que se prevê que se voltará a repetir no Kodak Theater), a Sorkin (Argumento Adaptado) e ao trabalho de Edição da dupla Wall-Baxter.
Inception (três estatuetas técnicas), True Grit (Fotografia), Black Swan (Natalie Portman, melhor actriz) e Alice in Wonderland (Guarda-Roupa e Maquilhagem) foram os outros vencedores da noite.
Em Espanha, a surpresa foi a vitória de um filme rodado em catalão nos prémios do cinema espanhol.
Numa gala marcada pela polémica lei Sinde (nome da guionista e ministra da cultura Gonzalez-Sinde) e a demissão do presidente da Academia (o realizador Alex de la Iglesia), o cinema parecia relegado para um segundo plano mas nem isso foi suficiente para travar a noite avassaladora de Pa Negre. Filme inspirado no drama vivido por uma comunidade catalã durante a Guerra Civil, a temática preferida dos Goya e omnipresente na gala de este ano, o projecto de Agustin Villaronga venceu nove estatuetas das onze para que estava nomeado, incluindo as de Melhor Actriz, Actriz Secundária, Actor Revelação, Guião Adaptado, Realização e Filme.
Os grandes derrotados da noite, os filmes de De la Iglesia (Balada Triste de Trompeta) e Iciar Bollain (Tambien la Lluvia), curiosamente presidente e vice-presidentes da Academia que podem ter pago os pratos rotos de uma polémica sobre os direitos de autor e os direitos de descarga que têm marcado a tónica da discussão cinematográfica no país vizinho.
Javier Bardem, por Biutiful, preferiu assistir aos Goya em lugar dos BAFTA, provavelmente sabendo que iria ao palco agradecer o seu quinto Goya - prémio ao Melhor Actor - naquele que foi o único discurso consensual de uma noite que consagrou ainda o génio cómico do apresentador, ironicamenta, também catalão, Andreu Buenafuente.
Sem The King´s Speech na corrida- surpreendentemente declarado ineligivel - poucas surpresas se poderiam esperar da edição 2010 dos Writers Guild Awards e a expectativa confirmou-se totalmente.
The Social Network e Inception foram os grandes ganhadores do ano, o primeiro na categoria de Argumento Adaptado - onde se espera que vença confortavelmente daqui a 20 dias o Óscar da Academia - enquanto que o filme de Chris Nolan ocupou a vaga deixada pelo guião ausente de David Seidler. Que, no entanto, continua a ser o máximo favorito para vencer numa das categorias chave na corrida às principais estatuetas douradas.
Se o WGA não deixou nenhuma surpresa, o mesmo se pode dizer do anuncio dos Art Directors Guild Awards, prémios entregues pelos membros do sindicato de director artisticos. Divididos em três categorias, os prémios foram entregues a Black Swan (na categoria de Filme Contemporâneo), Inception (pelo excelente trabalho na categoria de Filmes de Fantasia) e o inevitável The King´s Speech (Filme de Época).
O Óscar será disputado previsivelmente pelos filmes de Hooper e Nolan e segundo os especialistas, uma vitória de The King´s Speech nesta categoria - entregue ao principio da noite - indicará uma vitória esmagadora do filme da Weinstein Co. nas restantes categorias técnicas.
Um fim de semana memorável para o filme inglês que arrecadou os principais prémios dos sindicatos americanos triunfando na entrega dos DGA e SAG.
Tom Hooper triunfou surpreendentemente sobre a concorrência, em particular o favorito David Fincher, e arrecadou o prémio entregue ao melhor realizador do ano pelo sindicato norte-americano. Uma surpresa porque Hooper é britânico (num prémio iminentemente americano) e um realizador relativamente desconhecido até à estreia do seu último filme, a história da superação da gaguez do monarca George VI.
Colin Firth, que deu voz ao rei, confirmou as expectativas e triunfou como melhor actor na gala dos SAG.
A ele juntou-se o elenco completo de The King´s Speech que venceu o prémio ao Melhor Elenco do Ano, uma especie de reconhecimento geral dos actores por um projecto em particular. Nem Geoffrey Rush nem Helena Bonham Carter venceram nas categorias individuais - o triunfo, como esperado, foi para a dupla de The Fighter, o galês Christian Bale e a americana Melissa Leo - mas a vitória dos homens do rei como colectivo reforça ainda mais o favoritismo do filme que já tinha vencido, na passada semana, o Producer´s Guild Award, fazendo assim o pleno nos principais prémios da indústria prévios à entrega dos Óscares.
Natalie Portman saiu como a grande ganhadora entre as actrizes e reforçou igualmente o favoritismo para uma noite onde The Social Network espera poder virar a maré negativa em que mergulhou nas últimas duas semanas depois de parecer durante dois largos meses como o vencedor antecipado aos prémios da Academia de 2010.
Confirmou-se o esperado e o penúltimo obstáculo para a definitiva consagração de The Social Network foi ultrapassado por todo o alto com um triunfo claro na edição de este ano dos prémios Globos de Ouro.
Entregues pela HFPA, os Globos destacaram o filme de David Fincher sobre as origens da rede social Facebook por cima da concorrência directa outorgando-lhe quatro estatuetas, por diante de The Fighter e The Kids Are Allright que, com duas cada, foram os outros grandes vencedores da noite.
O polémico filme sobre a relação de Zuckerberg com os restantes elementos envolvidos na criação da mais popular rede social da década levou para casa os prémios de Melhor Filme Dramático, Melhor Realizador, Melhor Argumento e Melhor Banda Sonora, mas falhou por completo nas categorias de interpretação. Ai o vencedor foi The Fighter, drama nos ringues de David O. Russell que valeu a Christian Bale e Melissa Leo os prémios às melhores performances secundárias.
O máximo nomeado, The King´s Speech, salvou a honra com uma vitória conclusiva e esperada para o brilhante Colin Firth, passando o mesmo com Black Swan e o desempenho perturbante da finalmente consagrada Natalie Portman.
Na secção Comédia/Musical o triunfo de The Kids Are Allright foi claro, a que se juntou a vitória de Annette Benning na categoria de Melhor Actriz. O prémio ao Melhor Actor foi entregue a Paul Giamatti pela sua performance em Barney´s Version. Toy Story 3 (Filme Animado), In A Better World (Filme Estrangeiro) e Burlesque (Melhor Tema Original) foram outros dos ganhadores da edição 2010 dos prémios que deixaram a zero Inception, que apesar de partir com quatro nomeações não logrou nenhum triunfo.
A vitória de Social Network confirma o filme como máximo favorito para a próxima edição dos Óscares apesar de não se descartar que no próximo dia 24 sejam de novo The King´s Speech e The Fighter a recolher um maior número de nomeações.
O velho refrão de Hollywood diz sempre que é impossível vencer-se um Óscar sem o apoio dos editores. Agora a meca do cinema já sabe que filmes contam com o respaldo da associação de editores norte-americanos. Os Eddies anunciaram os seus candidatos e não houve surpresas de maior, confirmando-se o lote de filmes candidatos a receber o maior número de nomeações no próximo dia 23 de Janeiro na corrida às estatuetas douradas.
The Social Network, The King´s Speech, Black Swan, Inception e The Fighter primaram sobre os demais na categoria de Melhor Drama enquanto que The Kids Are Allright, Alice in Wonderland, Made in Dagenham, Easy A e Scott Pilgrim vs the World são os candidatos na catégoria de Melhor Comédia/Musical. O cinema de animação a optar pelo Eddie serão Toy Story 3, How To Train Your Dragon e Despicable Me enquanto que Waiting For Superman, Inside Job e Exit through the Gift Shop optam à estatueta como Melhor Edição em Documentário.
Os Eddies serão anunciados a 19 de Fevereiro e são um dos prémios fundamentais na corrida aos Óscares.
Sem grandes surpresas a Director´s Guild of America anunciou os cinco candidatos ao prémio do sindicato dos cineastas, confirmando que na corrida estão os autores por detrás dos cinco filmes mais mediáticos do ano.
David Fincher, por The Social Network, lidera a corrida onde participam igualmente os britânicos Tom Hooper (The King´s Speech) e Christopher Nolan (Inception) e ainda David O. Russell (The Fighter) e Darren Aronofsky (Black Swan).
De fora ficaram os irmãos Coen, Danny Boyle, Lisa Chodolenko, Ben Affleck, Clint Eastwood, Martin Scorsese e Mike Leigh, todos eles com obras marcantes no ano que findou.
O DGA, reconhecido como um dos principais percursores dos Óscares da Academia, será entregue numa cerimónia especial a 29 de Janeiro.
No mesmo dia Hollywood despertou com o anuncio dos candidatos ao prémio do sindicatos dos cinematógrafos, o ASC. Como previsto True Grit juntou-se a Black Swan, The King´s Speech, Inception e The Social Network na lista de nomeados.
Continuando a sua saga triunfal, The Social Network venceu categoricamente os principais prémios atribuidos pela National Society of Film Critics e continua a postular-se como o grande candidato a levar para casa a esmagadora maioria de prémios na próxima edição dos Óscares.
A história da fundação da rede social Facebook e das relações pessoais entre o seu fundador Mark Zuckerberg e os restantes elementos que gravitaram à volta da origem da popular rede venceu nas categorias de Melhor Filme (batendo Carlos), Melhor Realizador (com David Fincher a superar Oliver Assayas), Melhor Actor (vitória de Jesse Eisenberg sobre Colin Firth) e Melhor Argumento (esmagadora, de Aaron Sorkin sobre David Seidler, autor de King´s Speech).
Nas restantes categorias supreende a vitória de Giovanna Mezzogiorno com o seu desempenho em Vincere (diante de Annette Benning) na corrida a Melhor Actriz e de Olivia Wilde, actriz secundária em The Ghost Writer, superando a Amy Adams. O australiano Geoffrey Rush superou por um só voto o galês Christian Bale na categoria de Actor Secundário.
Inside Job, Carlos e True Grit triunfaram nas categorias de Documentário, Filme em Lingua Não-Inglesa e Cinematografia e juntam-se à galeria de premiados numa edição marcada pela declaração de amor - a enésima - ao sucesso de Fincher, o filme por excelência da temporada de prémios 2010.
O ano de 2011 arranca com as nomeções a dois dos principais prémios das Guilds que compõem o esqueleto principal da indústria de Hollywood. Sem grandes surpresas, o Producer´s Guild of America consagrou os principais favoritos a preencherem o lote de dez candidatos à estatueta dourada. Já o Writers Guild, prémio entregue pela associação de argumentistas, deixa algumas interrogações porque oito dos principais candidatos foram considerados ineligiveis.
Com The King´s Speech, Another Year, Blue Valentine, Winter´s Bone, Toy Story 3, The Way Back, The Ghost Writer e Four Lions colocados previamente fora da corrida, houve espaço para que filmes considerados como de segunda linha chegassem ao lote de dez nomeados, divididos entre Adaptado e Original.
Na categoria de projectos de adaptação o favoritismo recai em The Social Network, graças principalmente ao sucesso do trabalho do popular Aaron Sorkin, principal galardoado até ao momento da temporada. Contra o favorito dos favoritos corre 127 Hours da dupla oscarizada Boyle-Beaufoy, a comédia I Love You Philip Morris co escrita por John Requa e Glenn Ficara, o trabalho dos irmãos Coen no remake de True Grit e ainda o projecto co-escrito entre Ben Affleck e Aaron Stockard em The Town.
Os trabalhos originais (onde pertencia a maioria dos filmes ineligiveis) contam com Inception de Christopher Nolan, o drama indie The Kids Are Allright de Lisa Chodolenko, The Fighter de Scott Silver, o mergulho nos infernos de uma bailarina escrito por Mark Heyamn em Black Swan e a grande surpresa, Please Give, de Nicole Holofcener.
Na luta pelo Producers Guild, o mais fiel barómetro na corrida aos Óscares, não houve surpresas e os filmes mais bem sucedidos do ano entraram no top 10 liderado, uma vez mais, por The Social Network. Ao projecto de David Fincher sobre as origens do Facebook juntam-se Inception, Toy Story 3, The King´s Speech, 127 Hours, Black Swan, The Town, True Grit, The Fighter e The Kids Are Allright. De fora ficaram os indies Winter´s Bone e Blue Valentine e Shutter Island e Another Year, filmes que parecem já descartados da corrida aos principais prémios da indústria cinematográfica norte-americana.
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