No casting para The Fifth Element o cineasta Luc Besson colocou um anuncio em que pedia uma actriz com um olhar galáctico capaz de levar os homens a outras dimensões. Do nada surgiu uma modelo franco-ucraniana que imediatamente se tornou a sua musa e voltou a trabalhar com ele num dos seus projectos mais ambiciosos. Tinha nascido uma estrela.
Milla Jovovich é filha de pai sérvio e mãe ucraniana. Criada em Los Angeles - a mãe trabalhou em casa de Brian De Palma - a jovem fez-se modelo profissional com nove anos e a partir dos 11 anos já era uma modelo consagrada no meio juvenil. No ano seguinte teve o seu primeiro papel no cinema - em Two Moon Junction - mas foi em 1991 com The Return to the Blue Lagoon, que surgiu o seu lado mais erótico e sensual, no papel de uma jovem lolita perdida no meio de uma ilha selvagem com o irmão.
Aos 22 anos protagonizou The Fifth Element e consagraçou-se definitivamente como actriz. Depois veio uma mão cheia de novos papeis, em The Story of Jean D´Arc, He Got Game, The Million Dollar Hotel ou The Claim.
Com quase 30 anos tornou-se em heroina de acção ao dar corpo á protagonista de Resident Evil, adaptação ao grande ecrã do popular videojogo que já teve direito a várias sequelas. Nos anos 90 publicou também um album e durante estes anos nunca deixou as passereles estando consagrada como uma das top-models mais importantes dos últimos 20 anos. Uma verdadeira estrela com um rosto imperdível.
É o rosto bonito do cinema britânico actual.
Irrompeu praticamente do nada num papel secundário na comédia social Bend it Like Beckham e nunca mais desapareceu do mapa.
Keira Knightley fez-se celebre com o papel na trilogia de Pirates of the Caribbean, onde deu rosto e corpo á irreverente Elizabeth Swann. No entanto trilogias não eram novidades já que tinha sido dupla de Natalie Portman na segunda saga de Star Wars. O seu rosto tão habituado a filmes de acção surgiu também em King Arthur, onde se tornava em guerreira picta.
Com o passar dos anos tornou-se mais ousada e apostou em filmes menos populares como The Hole ou Pure. Chegaram depois as comédias românticas como Love Actually, os dramas como Atonement e as adaptações históricas na esteira de Pride and Prejudice e The Duchess.
Apesar de já ter anunciado que não regressará ao mundo dos piratas das Caraibas, Keira Knightley já tem cinco filmes para estrear entre os quais Last Night, Never Let Me Go e a nova versão de My Fair Lady.
Quando irrompeu, no final dos anos 90, foi rapidamente catalogado como a grande esperança do cinema britânico. Agora, passada uma década, Jude Law é definitivamente um dos actores ingleses mais consagrados da actualidade.
O seu nome não passa despercebido e maneja-se em vários géneros. Vimo-lo como o robot engatão de A.I., como a inocente vitima de Thomas Ripley em The Talented Mr Ripley, como o fotografo obsecado de Closer ou no papel de Michael Caine na versão mais actual de Sleuth.
Uma década de grandes desempenhos e grandes filmes misturada também com muita polémica. Aos 37 anos o actor nascido em Londres colecciona duas nomeações aos Óscares, estreia este ano Rage (onde interpreta um irreconhecivel travesti), The Imaginarium of Doctor Parnassus recuperando o papel de Heath Ledger e ainda dá corpo ao celebre Dr. Watson em Sherlock Holmes.
Sem dúvida um dos mais marcantes rostos do cinema contemporâneo.
Quando irrompeu, ao lado de John Wayne em Red River, Hollywood deitou as mãos á cabeça. Tinha encontrado o galã dos tempos modernos. Absorvido pela fama roubada pelos jovens do Actor´s Studio, com Brando e Dean á cabeça, com o passar dos anos foi-se ficando para segundo plano. Mas á medida que passavam os anos também se fazia maior actor e assinava desempenhos cada vez mais brilhantes.
Montgomery Clift foi um verdadeiro young angry men. Numa Hollywood homófoba viveu anos complicados, apoiou-se nos poucos amigos que ficaram á medida que o seu segredo deixava de o ser e acabou entre alcool e drogas. O acidente de automovel que quase o desfigurou destruiu o seu já frágil caracter e em 1961, depois de entrar no filme maldito com Monroe e Gable, outros mitos destruidos, deixou para sempre o mundo. Ficou o celuloide.
Para muitos o rosto norte-americano perfeito, o rosto da eterna beleza juvenil. Fica na história como o pistoleiro de Red River, o padre de I Confess, o médico de Suddenly Las Summer ou ... enfim, nem vale a pena contar quando a lista é tão larga...
Há já quinze anos que vive como a eterna promessa do cinema norte-americano. Explodiu no grande ecrã ainda uma jovem adolescente, ao lado do veteranissimo Jean Reno em Leon, the Profesional, ainda iamos pela primeira metade dos anos 90. O seu rosto inocente nunca mais nos abandonou.
Já viajou pelas galáxias como a amaldiçoada princesa Amidala...já foi uma striper de nome desconhecido capaz de levar á loucura dois britanicos muito sérios...já esteve em adaptações de sucesso de comics e pelas ruas de Paris...
Sonha em ser realizadora e já falou várias vezes em abandonar a carreira de actriz para procurar algo mais...profundo. Este jovem israelita criada nos Estados Unidos é uma das actrizes mais talentosas da actualidade mas escolhe os papeis a dedo...não se vende ao primeiro cheque em branco mas também não deixa indiferente cada camara que se aproxima do seu rosto angelical.
Natalie Portman é uma actriz com caracter e com um rosto daqueles que, como dizia Gloria Swanson em Sunset Boulevard, provoca paixões capazes de incendiar a tela...
Está em grande forma. Dá replica a Russell Crowe em State of Play e a Portugal chegou esta semana um dos seus últimos projectos, Married Life.
Com The Notebook e Red Eye saltou para o estrelato e emergiu como um das grandes next big thing. A explosão de 2005 não teve uma repercursão imediata na carreira da jovem actriz de Ontario, Canada. Agora que chegou á casa dos 30, tem vários projectos na manga para voltar á ribalta.
Este ano estreia Sherlock Holmes, onde dara rosto e corpo ao interesse amoroso do famoso detective, mas também co-protagoniza The Time Traveler´s Wife, ao lado do australiano Eric Bana. Para 2010 está já anunciado Morning Glory onde contracenerá com Harrison Ford.
A ponto de começar uma nova etapa da sua carreira, Rachel McAdams é um desses nomes que ficam na retina. Ouviremos falar mais dela nos próximos anos. E isso é uma certeza!
Foi lançada para o estrelato pelo sempre agudo olhar de Truffaut.
Viviamos no coração da década de 70 e o penetrante olhar de uma jovem actriz francesa de vinte anos marcou Le Histoire d´Ádele H. e fez do filme do mestre da Nouvelle Vague um dos grandes exitos do cinema europeu da década.
A partir daí Isabelle Adjani tornou-se no rosto por excelencia do cinema europeu, recuperando o olhar das actrizes clássicas mas com um subtil toque de modernidade que lhe permitiu estar sempre um passo á frente das suas sucessivas rivais. Vinte anos depois da estreia consagrou-se definitivamente, vencendo o seu quarto César de Melhor Actriz, um feito único até hoje, por La Reine Margot.
Mas, por essa altura, já era mais um mito vivo, um verdadeiro rosto inesquecível.
Para muitos é, ainda hoje, o maior actor da história do cinema europeu.
Um titulo que lhe assenta como uma luva, é certo. Até porque houve poucos, muito poucos, actores com a grandeza de Marcello Mastroianni.
O actor italiano marcou todo o cinema europeu do pós-guerra. As suas colaborações com Fellini resumiram a quintissencia do cinema italiano pós neo-realismo. E o seu rosto era a imagem de marca de uma era. O dandy de La Dolce Vitta que não resiste a essa angustia do vazio de viver. O indeciso e sonhador cineasta que procura, nas mulheres da sua vida, inspiração para acabar o filme que tem na cabeça, esse 8 1/2. Ou aquele sorriso matreiro, do eterno conquistador, que de Loren a Bardot, de Cardinalli a Karina, soube ser o perfeito gentleman.
Hoje a Europa vive provavelmente o seu periodo mais pobre no que ao mudno cinematográfico diz respeito. E muito disso tem a culpa este "monstro". Deixou uma herança tamanha que ainda não houve um actor capaz de estar perto do igualar. E continua, hoje, como sempre, a ser o reflexo da época dourada do cinema do Velho Continente.
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